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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Quentinhas de Zurique

As dobraduras

O lago dos cisnes, versão Zurique

Caixinhas de música na loja Franz Carl Weber

O carrossel!

Nunca pensou nesse destino para viajar? Pode mudar de ideia! Zurique é charmosa, ensolarada (ao menos em setembro), repleta de pontes e cisnes. Nada poderia ser mais poético. E longe do frenesi maluco dos turistas que invadem outras grandes cidades europeias e ficam se acotovelando diante de monumentos. Confira abaixo minhas primeiras dicas de atrações imperdíveis na cidade:

Na Banhoffstrasse se concentra o comércio, o que inclui marcas locais de produtos de beleza, como a La Colline.
Essa qualquer guia de turismo vai te indicar: a confeitaria Sprüngli, da Lindt, do lado da Paradeplatz. Impossível ir pra Zurique e não passar por lá. Tem café da manhã por 30 francos.
Quer trazer um presente pro amor e não se importa em gastar uma grana? As sempre finas Ermenegildo Zegna e Brioni, a última com terninhos básicos pelo equivalente a 4.000 reais, são boas opções.
A nada básica joalheria Ole Lyngaard tem peças coloridas e super diferentes.
Dentro do shopping Jelmoli é possível perder horas, mesmo sem muita grana. Lá dentro, além de milhares de grifes bem conhecidas tem a perfumaria Algemein. Resista se for capaz a uma parede inteira só de produtos para as unhas...
No subsolo do shopping, três opções de comida rápida (buffet com aromas orientais, restaurante italiano e sanduíches) e um espaço gourmet de dar água na boca. Se der sorte, você topa com a inusitada harmonização de queijos suíços com chás indianos. No mínimo, vai se perder entre as milhares de opções de mel (sim, senhora, de origens diferentes!), entre massas artesanais italianas, geleias orgânicas suíças e terrines francesas.
Saindo do Jelmoli, mas ainda na Banhoffstrasse, lojinhas de roupas infantis ou de roupas para adultas. Ricas. Porque sem grana só restam mesmo a Zara e a H&M. Tudo lá é uma fortuna. Mas, é claro, um charme só. Como as lojas de orgânicos (que vendem de saladas prontas a biscoitos, chás, cafés E produtos de beleza) e de brinquedos feitos de papel. Sabe aqueles livros infantis que quando você abre a página salta um castelo de papel, algo meio 3D? Então. Lá, eles atingem um grau de perfeição que eu nunca tinha visto antes.
Para encerrar, é impossível não se sentir uma criança na loja Franz Carl Weber, que existe desde 1881 e tem cinco andares que parecem ter saído de um sonho infantil. Balas coloridas, bichinhos de pelúcia, brinquedos de madeira, caixinhas de música, LEGOs, jogos de tabuleiro, bonecas, minimaquiagens, carrinhos... enfim, tudo para fazer qualquer pimpolho feliz.
Nos próximos posts, aguarde mais histórias de Zurique e redondezas!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É por essas e outras...

que eu acho a Miuccia Prada uma "gênia". Olha a nova coleção que acaba de ser defilada. Não é de passar mal?




Reparem nas saias pelo joelho super cinquentinha, nas estampas incríveis e no jeitinho ladylike, sim, porém sexy, que só Miuccia é capaz de imprimir à sua moda!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Porque drink é bom e a gente gosssssta


Essa é quentinha:
A Cîroc, vodka francesa destilada a partir da uva (!), lança no mês que vem aqui no Brasil suas vodkas flavorizadas (chic, né? Gente, não é saborizada, é flavorizada!): uma de frutas vermelhas e outra de coco. Os sabores são extraídos das frutas mesmo, não é nada artificial. E se é fruta, é light, né? rs
Ontem fui a um happy hour promovido pela marca para apresentar os novos produtos e experimentei seis drinks que têm como base essas novidades. Preciso confessar que provando puras, gostei mais da de coco. E em um drink com abacaxi e capim limão macerados, ficou perfeita. Mas o drink Cîroc Red Berry Glam é o mais "menina" e por isso a gente vai passar a receita aqui. Não é lindo?

Ingredientes:
40 ml Vodca CÎROC RED BERRY
10 ml Xarope de Grenadine
100 ml Espumante Brut
Modo de preparo:
Em uma taça flûte adicione 40 ml de Vodca CÎROC RED BERRY gelada, adicione 10 ml de xarope de Grenadine delicadamente para que se posicione ao fundo da taça. Em seguida, complete com 100 ml de Espumante Brut. Finalize com 1 pétala de rosa ou 1 framboesa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jean-Charles de Castelbajac

Há rumores que a marca Jean-Charles de Castelbajac foi comprada por um grupo sul-coreano. Ainda não tive acesso a mais informações, mas uma coisa é certa: o cara é incrível, principalmente na última coleção, inspirada em Man Ray.







Um texto muito, muito tocante

É do Mario ANTONIO Prata.
Saiu hoje na Folha.
Interessante para fazer um exercício: como seria o "seu" filme nos momentos derradeiros?
O meu teria cheiro de brigadeiro, gosto de vinho, sensação de cafuné deitada no colo da mãe, de gargalhadas à mesa com irmão, de avó fazendo trança nos cabelos, de apertar a mão do vovô, de olhar a pele amassadinha da bisa, de pai chorando junto, de beijar meu amor, de brincar com minha sobrinha, de trocar papos cabeça com as cunhadas e de dançar com os amigos. E o cenário seria a casa de Ipanema. Ou o apê da Clotário. Talvez a casa de Santa Isabel do Ivaí. Quem sabe uma das tantas escolas em que estudei. Mais recentemente, seria um bar. A trilha sonora, um emaranhado de Amy Winehouse, Joss Stone, toques de música francesa, pop italiano, Xuxa e muito samba.
E o seu filme? Qual seria o roteiro?

Bem, eis o texto do Mario ANTONIO Prata:

Rebobine, por favor

Se eu batesse as botas agora, meu filme talvez começasse com um momento desses que a gente não se dá conta

Não acredito em Deus nem em qualquer bônus ou penalidade para além do último suspiro. Como diria meu tio Carlão, botafoguense e, portanto, homem desprovido de ilusões: "Acabou, já era". A frase pode não ser das mais líricas, mas tampouco o é a morte, caro leitor, e envolvê-la em fumos literários serve apenas, como as flores sobre a cova, para disfarçar o mau cheiro que exala do assunto. Melhor é tomar o fim pelo que é: prosaico cessar de reações químicas e impulsos elétricos; bug derradeiro, tão certo quanto irreversível.
Mesmo não tendo a menor esperança de acréscimos ao tempo regulamentar, devo admitir que alimento uma expectativa, não diria "post-mortem", mas "in-mortem": gostaria muito que fosse verdade aquele papo de que, no instante em que se fecham as cortinas, a vida inteira passa na tela do pensamento, em marcha a ré, como uma fita sendo rebobinada.
Tal acontecimento nada teria de metafísico, seria apenas uma reação de nosso cérebro ao apagar das luzes, como um sonho, um delírio. E, como todo sonho, este REM final não primaria pela linearidade, indo de uma ponta a outra de nossa existência aos rodopios.
Se eu batesse as botas agora, meu filme talvez começasse com um momento de prazer corriqueiro, desses de que a gente nem se dá conta, ocupado por alguma tarefa tão urgente quanto desimportante. O calor do sol no rosto, por exemplo, ao abrir a porta pela manhã, para pegar o jornal. O sol, quem sabe, me remeteria a uma tarde da adolescência, na Bahia. O som do mar, a brisa, uma garota me fazendo um cafuné, depois de anos de batalha para que uma garota me fizesse um cafuné -y otras cositas más... Do calor da Bahia ao inverno paulistano, não faz muito tempo: estou sendo apresentado a meu amor. Eu a beijo. Surjo num bar com três amigos queridos, duas e meia da manhã: temos 25 anos e, aos brados, resolvemos todos os problemas da humanidade, anotando as soluções em guardanapos que, logo mais, esqueceremos sobre a mesa. Agora vejo a multidão de cima dos ombros do meu pai, na comemoração de uma vitória do Corinthians, na Paulista. Dou uma cambalhota na piscina de um sítio e a coisa vai ficando abstrata. Há uma sucessão de sabores e cheiros. Boio em brigadeiro, nado em vinho. Refogue alho e cebola, inconsciente! Traga-me uma picanha, exijo cheiro de jasmim! Beatles! Quero ouvir Blackbird mais uma vez! Veja só, minha avó. Três pedaladas na sequência, na bicicleta sem rodinhas. Agora um peito: quando menos espero, surge o útero -e o resto é silêncio.
(Claro, haveria tristezas, também, neste crepúsculo boreal. Pés na bunda ou na quina do móvel, solidão e medo: mas no cômputo geral, uma aflição seria consolada por um pomar, o tédio por um Mark Twain, uma angústia pela visão de minha mulher, de manhã cedinho, passando hidratante nas pernas.)
Talvez, durante esta última sessão de cinema, ter vivido uma boa vida, afinal de contas, fizesse sentido, e o prazer do resumo seria uma espécie de brinde, de bem-casado que se come na saída da festa -mas, infelizmente, não se leva nos bolsos, pois levar é verbo transitivo e mortos, que pena, não transitamos mais.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Marakuthai para meninas



Um restaurante de meninas e para meninas. Assim é o Marakuthai, em São Paulo. A  chef, Renata Vanzetto, é uma garota, no melhor sentido da palavra, e isso se reflete no ambiente do restaurante. Vestidos retrô pendurados sobre a escada, luminárias dos mais diferentes estilos, móveis e almofadas escolhidos a dedo, provavelmente em algum mercado de rua de Bali (nem sei se foi, de fato, mas prefiro pensar que sim)... O cuidado de Renata foi tão grande que até o banheiro tem detalhes imperdíveis: bolsinhas de festa antiguinhas (eu queria uma!) repousam delicadamente sobre as paredes. Uma decoração perfeita pedia, é claro, trilha sonora idem. E também nesse quesito não falhou, passando por Maria Gadú e Caetano Veloso. Mas e a comida? In-crí-vel! Deliciosa. Escolhemos pratos à base de frutos do mar, todos com especiarias exóticas, capim limão, leite de coco, pimentas, gergelim, enfim... Algo no mínimo marcante e muito especial. Uma noite memorável, porém, tem seu preço.  E o do Marakuthai é alto, mas vale cada centavo (não esqueça, estamos falando de camarões, e não de macarrão al sugo, prato feito com ingredientes simples e que não justificam o preço que vem sendo cobrado em certos restaurantes por aí). Ah, sim, a conta vem em uma bolsinha dourada, pra mostrar que cada detalhe é pensado com carinho e que aquela noite não pode ter sido menos que memorável.