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sexta-feira, 27 de agosto de 2010




Impossível não fechar os olhos. Foi o que pensei ao dar a primeira garfada no meu talharin de pupunha (sim, palmitos fatiados finamente), uma dos pratos mais delicados que já provei na vida. Quer saber onde? No Nicota!
"Parti do nome da minha bisavó como fonte de inspiração", conta a simpática chef Marisa Revoredo a respeito do fofíssimo restaurante Nicota. Na decoração, aparecem emoldurados cartões postais franceses pintados à mão com cenas de contos de fada, como Cinderela, que a sra. Nicota trocava com as amigas na infância. Também estão enfeitando o lugar um letreiro em néon cor-de-rosa (não me venha com LED, não, porque é néon mesmo, bem com carinha de antigamente) e papéis de parede dos sonhos!




O clima é delicioso, poucas mesas, atendimento cordial e a gastronomia com jeitinho de casa da vovó e toques modernos. De dar água na boca. Para começar, um pot pourri de entradas, que incluía flan de queijo de cabra com legumes grelhados, waffle com salmão defumado e creme azedo, polentinha com cogumelos e um creme suave de bacalhau. Prato principal? A oferta é tão variada que meu marido mineiro não resistiu à rabada - cozida por 36 horas, segundo explicou a chef -, e disse que foi a melhor que comeu na vida (minha sogra que não nos ouça) e eu fui pelo caminho oposto: devorei com olhos, nariz e boca a suavidade do talharin de pupunha com molho de limão siciliano e lulas grelhadas (veja a foto e babe junto). Perfeito porque ainda coube uma sobremesa! Vou te poupar dos detalhes porque é sofrimento demais para um final de sexta-feira, mas me limito a dizer que o doce escolhido por mim se chamava celestiais papos de anjo, único item do cardápio preparado pessoalmente pela mãe de Marisa, que inclusive cria as galinhas de onde saem os ovos para compor essa delícia, segundo nos explicou o atencioso garçom. Lugar fofinho conhecido, degustado e aprovado. Cenário perfeito para uma noite romântica, mas despretensiosa e delicada.


A simpática chef



O talharin. Delicadeza em forma de prato.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Só porque eu não gosto



Depois de ler esse post, muita gente vai concordar comigo. E muita gente vai me odiar. Mas como uma brincadeira, resolvi listar 10 coisas (estou falando de roupas e comidas, mais especificamente) de que eu, definitivamente não gosto. Elas parecem unanimidades, "quase todo mundo" gosta. Mas eu não. Pronto falei!

1. Feijoada. Pronto. Já comecei fazendo polêmica!


2 e 3. Hot dog. Sim, eu fui uma adolescente atípica. E já pode incluir aqui ketchup também.


4. Pão com manteiga. Outra quase-unanimidade de que não gosto


5. Carnes estranhas, para tristeza do meu marido mineiro e super carnívoro. Explico: rabada, língua, fígado, coração e afins. E não me venha com foie gras metido a besta porque dá na mesma. É fígado, oras!


6.Pochete. Até Marc Jacobs (que a-mo!) incluiu a peça na sua última coleção. Mas não faz meu estilo de jeito nenhum.


7. Regata masculina. Considero que esse item dispense explicações de minha parte.


8. Tamancos. Eu sei, eu sei. Tá na moda. E pelo jeito veio pra ficar. Mas não vou cansar de repetir que não gosto e ponto final.


9. Colete feminino. Mais um tópico pelo qual serei execrada. Mas não entendo porque colocar uma peça que não esquenta, não protege, não faz charme, faz volume (=engorda) e ainda esconde a blusa que está por baixo! Abro uma exceção pro masculino, que com terno fica tudo!


10. Tudo bem que não se refere a moda nem a gastronomia, mas se é para falar de unanimidade não-unânime, vamos lá. Eu detesto essa onda de falar de vampiros, que me persegue aonde quer que eu vá: livrarias, cinemas, sites, conversas da hora do almoço, bar. E não, eu não acho Robert Pattison bonito.

Discordou? Não faz mal, não quero ser igual a todo mundo, afinal, como dizia Nelson Rodrigues, "toda unanimidade é burra".
E você? Qual a sua lista de dislikes? Do que você definitivamente não gosta e que todo mundo olha torto quando te escuta falar a respeito?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Inspiração do Japão





Por ser uma pessoa racional, comedida, que não "se joga" sem medir as consequências, que não fala sem pensar, que não executa sem planejar (nossa, gente, como sou chata, né?), não raro pessoas que seguem seus instintos, sua intuição, despertam minha admiração. Sim, porque não é por não ser impulsiva que não admiro pessoas assim. Hoje de manhã fui a uma palestra com Kenzo Takada, o estilista japonês que revolucionou a moda ao trazer elementos do oriente para o ocidente e mostrar que a moda pode, sim, compreender peças confortáveis e amplas sem perder o charme. Ele - com suas estampas de prados e flores - foi uma das "caras" dos anos 1970 e isso se deve a um único fato: ele confiou em seu talento e foi fundo quando tudo parecia perdido. Olha só o que Kenzo contou na palestra hoje:
"Nos anos 1960 ainda não havia chegado ao Japão o conceito de prêt-à-porter, era tudo muito novo. Uma das minhas principais referências no começo era a alta costura de Yves Saint Laurent. Já no segundo ano da faculdade, em 1965, eu consegui um emprego como designer de moda em uma loja no refinado bairro de Ginza. Com esse emprego comprei um belo apartamento, que acabei vendendo, pegando o dinheiro e indo para Paris, em 1965 mesmo. Mas preferi ir de navio, ao invés de avião, em uma viagem que durou 30 dias. Passei por Hong Kong, Cingapura, Índia, Djibuti, Alexandria e cheguei a Marselha no dia 31 de dezembro. Essa viagem foi muito marcante na minha vida. As roupas e a cultura que vi nesses lugares, o clima, as experiências que vivi, tudo teve grande impacto nas minhas criações.
Quando cheguei na França e precisei pegar um trem para Paris foi que me dei conta que não sabia falar uma palavra em francês. E minha primeira impressão de Paris foi chocante: esperava uma bela estação de trem, iluminada por lustres chandelier, e me deparei com um lugar sombrio e frio. Foi um choque e na hora pensei em retornar para o Japão. Com o tempo, é claro, aprendi o idioma, fiz amigos e tudo foi ficando mais fácil.
Mesmo assim, eu tinha ido com o plano de ficar lá por seis meses e quando o prazo estava chegando ao fim, estava louco para ficar, mas meu dinheiro já tinha acabado. Liguei para minha mãe, pedindo para que ela me mandasse mais, mas ela se recusou. Então assumi um último risco: desenhei uns croquis durante uma semana. Bati na porta de Louis Férraud (um estilista de Alta Costura) e a mulher dele comprou cinco desses croquis, por US$5 cada. Mesmo tendo valido tão pouco, isso me animou. Fui direto até a redação da revista Elle e lá encontrei Jacques, que gostou do meu trabalho e me recomendou para lojas de departamento e de prêt-à-porter. Consegui, então, emprego em uma butique de prêt-à-porter. Com o tempo, vários amigos do Japão foram abrindo suas butiques em Paris e me estimularam a fazê-lo. Alguns amigos e a dona de uma galeria me ajudaram a abrir minha loja (a Jungle Jap, inaugurada em 1970), que eu mesmo reformei".
Nessa altura da história eu já admirava esse homem que do alto de seus 70 anos nem pensa em parar de criar. Foi quando ele contou um detalhe que chamou ainda mais minha atenção: adivinha qual obra de arte ele escolheu para decorar a boutique e reproduziu fielmente? (Sim, porque ele também é um artista, alguém tinha alguma dúvida?). O quadro - abaixo - chamado O Sonho, do artista Henri Rousseau. Nada mais propício, não acham? Como é bom sonhar, e se inspirar...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Indicação de ouro

Gente, indicação do Carlos Ferreirinha, o papa do luxo no Brasil, para qualquer pessoa interessada nesse universo, ou no universo das marcas, da comunicação, do cinema, da publicidade, dos whiskies... enfim, um belo exemplo de publicidade para Tv. Imperdível. E algum "santo" ainda fez legendas em português para quem não domina o idioma da terra do tio Sam. Vale à pena conhecer a história da Johnnie Walker contada em cinco minutos de uma forma super poética.
Vejam aqui.

Passando rapidinho...


Só para atualizar vocês: Bolota completou dois meses no sábado!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010





Frida.
A galeria Ouro Fino, em São Paulo, no coração da rua Augusta, reúne uma das maiores concentrações de lojas descoladas do país. Peças alternativas estão presentes em 100% das vitrines e tem moda para todo gosto. Quando passei por lá no mês passado, o que mais me chamou a atenção foram os sapatos super cool da Frida*. (assim, com um ponto no final do nome mesmo). A Aline Ballesteros, dona e mente criativa por trás da marca, confessa que se inspira nas décadas passadas e ama misturar moderno e retrô. Ela lança cerca de 15 modelos novos por coleção, sempre em couro, cada um com duas ou três opções de cor. “Minhas preferidas são grafite, fendi, roxo, marinho e morango”, conta. O preço médio de suas criações é de R$270,00.
Quer saber mais? Aline conversou com o Só porque eu gosto e contou a história da grife e seu processo criativo. Acompanhe:

Só porque eu gosto - Qual é a sua formação?
Aline - Estudei na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, onde fiz o curso de design e me especializei na área de acessórios. Nunca tive dúvidas de qual carreira seguir, sempre gostei de ter liberdade para criar e desenvolver.
SPEG - Como nasceu a Frida.?
Aline - A faculdade me deu base e desde que entrei em contato com o universo da moda, a paixão por sapatos falou mais alto. Logo nasceu a Frida.
SPEG - Como se dá seu processo de criação?
Aline - Ele não depende das horas que passo trabalhando, mas sim dos dias de inspiração, das imagens registradas na minha memória, dos meus sonhos reais. Algumas vezes, desenho muito e não gosto de nada, em outras, o modelo já nasce de um primeiro esboço.
SPEG - Gostaria de destacar alguma característica de sua marca?
Aline - Eu primo pelo conforto e pela delicadeza e também posso personalizar sapatos de acordo com o gosto da cliente. Ah, não posso esquecer que vendemos bolsinhas e carteiras como complemento dos sapatos.

Eu sei, eu sei, você amou, né? E agora?
Vá até lá! Mas fique atento, pois a loja mudou de endereço. Agora fica na rua Bela Cintra, 1618, casa 5, nos Jardins, em São Paulo. O telefone da Frida. é: (11) 3082-6872



Mais dois modelitos

Encantada. É exatamente assim que eu fico quando conheço um lugar especial, diferente, delicado, fofo, charmoso e, de preferência, bem feminino. E por isso começa hoje aqui no blog um cantinho especial, uma seção que será atualizada semanalmente e que se chama Enchantée. Ela vai reunir locais em que me sinto bem, aos quais tenho vontade de voltar seja para fazer um lanchinho saboroso, seja para comprar coisas para minha casa ou apenas para admirar a decoração, a simpatia dos vendedores e os produtos que não são encontrados em mais nenhum lugar no mundo. São características como essas que fazem dessas butiques, desses chás e dessas lojinhas lugares pra lá de encantadores. Confira todas as sextas-feiras no blog minha seleção única!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Piruetas invisíveis



Eu nunca fiz balé. Nunca rodopiei sobre sapatilhas, nunca me equilibrei sobre barras, jamais rodei meu tutu (fala com biquinho, hein, gente? É francês!) por um salão, nunca exibi meus cabelos presos em um palco. Não sei fazer pas-de-deux, demi-plié, pas de bourret... Talvez lá pelos meus cinco ou seis anos eu tenha feito algumas aulas, mas com a vida errante que meus pais levavam (não, eles não eram hippies e nem ciganos, meu pai é juiz mesmo) de uma cidade do interior para a outra às vezes em um período de apenas quatro meses, era impossível muitas vezes encontrar professora de dança, quanto mais de balé. Algumas tentativas de jazz (aquele, dos anos 80, estilo Flash Dance) mais tarde, e acabei desistindo. Não tinha nada a ver comigo, afinal, cadê a touquinha de renda, o coque, as sapatilhas de lacinho, o tutu, o collant, a delicadeza dos passos, a firmeza dos braços, a beleza da música clássica? Não estavam ali. Com o passar do tempo, os estudos foram ocupando todo o meu tempo e os passeios da adolescência deixaram para trás de vez o sonho de dançar balé. Será mesmo? Não sei. Quando morava em Curitiba, a visita anual ao festival de dança de Joinville fazia reacender o sonho já na entrada da primeira bailarina no palco. Depois de adulta, conversando com amigas, percebo que muitas delas que tiveram a oportunidade de fazer a dança são apaixonadas por ela até hoje e sofreram por ter que deixar as aulas para assumir o frio e cruel mundo capitalista (brincadeirinha...hehehe). Sim, porque balé pode ser lindo, mas implica em uma série de renúncias e dedicação integral, então em um certo momento da vida, elas foram obrigadas a escolher entre o vestibular e a carreira artística. Entre minhas amigas, todas ficaram com o vestibular. Mas até hoje suspiram diante de um Lago dos Cisnes, de um Serenade, de um Quebra-Nozes... Eu não consigo me imaginar em cima de um palco, afinal, é tarde demais para isso; mas acalento ainda o desejo de um dia poder experimentar piruetas, rodopios e saltos e, é claro, um tutu, um par de sapatilhas, um collant e um coque. Quem sabe um dia?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu diário pós-Bolota


Balanço final dos primeiros sete dias com essa bolinha de pelos no meu apartamento:

12 cocôs fora do lugar
8 cocôs no lugar
20 xixis fora do lugar
10 xixis no lugar
muitas mordidas e duas mãos machucadas por dentinhos
um acervo de seis brinquedinhos
alguns chorinhos para chamar a atenção
muita diversão e bagunça na cozinha
e muita, mas muita saudade mesmo quando preciso sair de casa.

Como “mãe” de primeiríssima viagem, acho que me dou nota 7. Pelo menos ele tem comido bem, está saudável e já tomou até banho. Mas sei que por maior que seja meu interesse em aprender a melhor forma de tratar o bichinho, percebi que o mundo cão é tão complicado quanto o das dietas e explico porque: em ambos, ninguém conhece a fundo o assunto e as teorias são as mais diversas. Ovo é maléfico? Benéfico? Chocolate faz mal para o colesterol ou faz bem? Comer a cada três horas aumenta o cálculo calórico no fim do dia ou acelera o metabolismo? Experimente dar um google para encontrar alguma dessas respostas. A verdade é que existem várias possíveis, nenhuma conclusiva e todas duvidosas. Pois com relação aos cães é a mesmíssima coisa. “Bata nele quando fizer algo errado”, “ignore quando ele fizer xixi fora do lugar”, “pegue um jornal para bater no chão do lado dele quando quiser repreendê-lo”, “ele é muito pequeno e ainda não adianta dar bronca”, “ele vai aprender a fazer xixi no jornal sozinho”, “jornal não adianta, tem que comprar o tapetinho”, “se ele é agitado, vai destruir o tapetinho e não vai se acostumar”, “ele é macho, nunca vai fazer xixi no lugar certo”, “ele faz xixi de emoção quando te vê, e isso não vai passar nunca” foram algumas das dicas/conselhos que recebi das mais diferentes pessoas, sempre no intuito de ajudar a sanar parte da minha inexperiência , do veterinário à dona do pet shop, passando por amigos, parentes e vendedores de lojas especializadas. A única certeza que eu tenho é que não existe manual, assim como para criar filhos. Tudo acontece na base da experimentação, é pragmático mesmo. Sei que alguma hora vai dar tudo certo. E enquanto não dá e me deparo com sujeiras caninas pela casa, tento me divertir com suas travessuras no chão da minha cozinha. Marido que o diga.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Novidade no blog

Alguém, por acaso, não reparou na nossa bela novidade? Olhe bem, olhe pra cima. No topo do blog, uma montagem de imagens que eu a-do-ro, feita poeticamente pelo artista plástico Alberto Portugal, por acaso, meu irmão :-)
Sem colocar a modéstia de lado, tenho que dizer que ficou a cara do "Só porque eu gosto", hein? Fala a verdade!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Deus mora nos detalhes




Ambiente aconchegante, temperatura agradável, aroma de óleo essencial de laranjas com amêndoas perfumando o ar, atendimento cordial e tratamentos... ah, tratamentos para você se sentir uma rainha.
Essa é uma forma mais poética de descrever o spa do hotel Ritz de Lisboa (eu sei, estava devendo posts de lá, né?). Na descrição jornalística de um site de viagens português, "Os 1.500 m2 do Spa do Ritz Four Seasons, em Lisboa, têm uma atmosfera multissensorial de ‘design' minimalista, com camas espaçosas e fragrâncias sedutoras que contribuem para um espaço de serenidade. É um santuário ‘zen' com piscina interior de 18 metros e ‘pool lounge'. A sala de relaxamento, com aroma a jasmim e música ambiente com sons orientais, mistura-se com os acabamentos de luxo em carvalho e mármore creme. O toque final é dado pelos tons neutros das paredes iluminadas por velas".
Na minha forma bem pessoal de descrever, eu diria que é um encontro quase espiritual que você realiza consigo mesmo. Eu ganhei um tratamento especial, com uma massagem feita com a pressão dos dedos da massagista, mesmo princípio do shiatsu. Ele é realmente relaxante e faz bem para mente, corpo e alma. Mas isso não é tudo. Como diz a conhecida frase, Deus mora nos detalhes e nesse spa, eles sabem muito bem disso. Antes do tratamento em si, começa uma cerimônia de lava-pés. A massagista te coloca confortavelmente sentada e faz você apoiar os pés em uma espécie de tacho de cobre, com água morna, rodelas de laranja, pétalas de rosa e o tal óleo essencial de laranjas, pelo qual me apaixonei. Ela despeja então sal grosso umedecido com mais um pouco deste mesmo óleo e massageia seus pés. Pronto. A entrega e o relaxamento já começam aí. Em seguida, você se deita de bruços na cama de massagem e apoia o rosto no lugar reservado para ele, aberto em uma circunferência. Aí vem a parte mais charmosa de todas: com um bowl de óleo essencial (de novo ele!) e uma orquídea (linda, por sinal, fúcsia) ela faz você aspirar aquele aroma bem fundo, três vezes, para que o relaxamento seja completo. E deixa esse bowl com a orquídea ali no chão, bem diante de você para, caso decida não fechar os olhos, tenha algo bonito na sua frente para admirar. É ou não é uma situação dos sonhos? Tanto cuidado assim me faz perceber como deixamos nosso dia-a-dia passar correndo sem essas fofuras necessárias para trazer pequenas alegrias às nossas vidas.
Um incenso, velas pela casa, uma almofada diferente, uma foto trocada no porta-retrato, um vinho aberto sem data especial... são atitudes pequenas que fazem nossa jornada tão estressante ficar mais suave. Quer experimentar hoje?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E a família aumentou...


Quem lembra de quando falei da dúvida entre comprar ou não um cachorro?
Pois é, cerca de um ano depois de ter me apaixonado perdidamente por um filhote de Shi-Tzu, eis que eu e marido decidimos! E compramos um hoje de manhã, não o mesmo, é claro. Ele é lindo, como vocês podem ver na foto (de péssima qualidade eu sei, tremida e feita com o celular, mas quebra um galho...hehehe). Tem 45 dias, já tem um nome, Bolota, e será o terceiro membro da família. Uma espécie de estágio para termos filhos, eu costumo brincar. A verdade é que nunca tive um cão. Isso não me causa nenhuma espécie de trauma de infância, fiquem tranquilos. Minha mãe nunca gostou, sempre teve medo, alergia e vivia apontando uma série de razões para não querer um ser peludo que faz bagunça pela casa. Eu, confesso, nunca tive um amor descontrolado por bichos como algumas pessoas que conheço, mas de uns tempos para cá ando sentindo um apego fora do comum por essas criaturinhas fofas. E a verdade é que se a gente pensa muito (ele vai deixar a casa cheirando? E minha alergia? E toda a grana que precisa ser investida? E o que farei quando viajar? Será que ele vive bem em apartamento? Se acostuma a ficar sozinho durante o dia? Será? Será? Será?), acaba nunca realizando. Não digo que o mínimo de planejamento não seja necessário, é claro. Aliás, sou a maior defensora de planos e planejamentos. O que estou dizendo é que a vida é muito curta pra gente perder tanto tempo pensando em todas as causas e consequencias de todos os nossos atos. E quando a gente decide ter (um filho, um cão, um apartamento, um marido), se tem esse mínimo de planejamento, acaba "dando um jeito", no bom sentido, e as coisas entram nos eixos. E olha que não pesar toooooodos os prós e contras nos míííííínimos detalhes, é quase missão impossível para uma libriana. Mas estou me esforçando e o Bolota será meu primeiro desafio. Está decidido, ele é nosso e segunda-feira estará fazendo muita bagunça em nossa casinha. E como diz minha mãe: não posso mandar em você, né, minha filha? Tomara que você não tenha alergia. Mas ele é lindo!