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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Uma breve conversa com Mario Prata (ou se me contassem eu não acreditaria)

Viver de jornalismo é muito bom. Digam o que disserem sobre os perrengues da profissão ainda estou para encontrar atividade mais prazerosa que escrever. (e ler, o outro lado da moeda, que anda sempre junto do escrever). Mas se tem algo que faz ainda mais saborosa nossa atividade, esse algo é a resposta. Principalmente quando você não a espera. E coincidentemente, esses dias, vivi uma história que se alguém me contasse eu não acreditaria. E uma colega muito querida de trabalho também viveu seu dia especial em uma situação semelhante.
Minha colega sabe tudo sobre cultura. E não é modo de dizer. Ela sabe tudo sobre música (de ópera a samba), cinema, teatro, seriados etc. E sobre literatura, claro. Adora, aliás, a Lygia Fagundes Telles. E por esse motivo, escreveu sobre o novo livro de crônicas dela, o “Passaporte para a China”. E estava minha colega sentada à sua mesa, na redação, quando toca seu telefone. Quem era? “A” Lygia. Ela mesma. Em pessoa. Ligara para agradecer o texto e dizer que tinha ficado comovida. Minha colega não ficou comovida. Ficou emocionada. Enternecida. Tocada. E não conseguiu segurar algumas lágrimas de satisfação.

No meu caso a situação foi igualmente surpreendente e me deixou igualmente feliz. Mas resultou em risos, e não em lágrimas. Vocês lembram da crônica do Antonio Prata que publiquei aqui no blog? Então, eu errei e disse que era do Mario Prata. Quando ele (sim, ele mesmo, lui même, he himself) me alertou do erro, fiz o que cabia numa situação assim. Mandei um e-mail pedindo desculpas. E segue a sequência quase surreal dessa conversa. (Lembrem, ELE escreveu Estúpido Cupido, entre diversas obras e outras crônicas hilárias). Dá para acreditar?


-----Mensagem original-----

De: Priscilla Portugal [mailto:priscilla@istoe.com.br]Enviada em: quinta-feira, 29 de setembro de 2011 19:53Para: xxx@terra.com.br
Assunto: desculpas, com grande vergonha


oi, Mario, mil desculpas. Fiquei tão empolgada com o texto do Antonio Prata que confundi os Pratas no meu blog. Como posso me redimir?
beijos
-----Mensagem original-----
De: Mac.Prata [mailto:xxx@terra.com.br]Enviada em: quinta-feira, 29 de setembro de 2011 22:40Para: ‘Priscilla Portugal’Assunto: RES: desculpas, com grande vergonha


Estou rindo, Priscila,
Por que agora você vai ter que encomendar uma crônica minha por 2.500 reais para a Platinum.
Pronto, simples. (...)
E se não rolar crônica, não esquente. Muita gente ainda vai confundir Mario com Antonio e vice-versa o que só nos comove e emociona.
Um beijo.
Prata (pai)

-----Mensagem original-----
De: Mac.Prata [mailto:xxxx@terra.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Para: ‘Priscilla Portugal’
Assunto: RES: desculpas, com grande vergonha

Acabei de ver o blog de novo. Tu corrige lá em cima, mas antes do texto entrar em campo, tu diz: eis o texto do Mario Prata. A crônica agora tá custando 5.000.
Mas redimo total.
Beijo
Prata (aquele)
 -----Mensagem original-----
De: Priscilla Portugal [mailto:priscilla@istoe.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 30 de setembro de 2011 13:49
Para: Mac.Prata
Assunto: RES: desculpas, com grande vergonha
 ai ai ai, já arrumei. Antes que essa conta fique impossível de pagar, é melhor eu pensar em um texto de um autor estrangeiro, quem sabe algo de um de meus favoritos, o Gabriel Garcia Llosa? ;-)


-----Mensagem original-----

De: MacPrata [mailto:xxxx@terra.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 30 de setembro de 2011 17:45
Para: 'Priscilla Portugal'
Assunto: RES: desculpas, com grande vergonha


Ih... Não é Gabriel Garcia Llosa, é Gabriel Garcia Prata, meu avô por parte de um lado colombiano que tivemos no começo do século passado em Cartagena.
Abs
Prata (neto)

2 comentários:

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