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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Batom vermelho

Ele está nos editoriais de moda das revistas mais badaladas do mundo. Também estava presente em bocas descoladas da plateia (e das modelos) do São Paulo Fashion Week. Eu, uma fã convicta, já posso comemorar: o batom carmim está de volta. Elegante, mas sem ser sóbrio, clássico sem ser “enferrujado”, sexy sem ser vulgar.
Como esse item indispensável em uma nécessaire feminina surgiu não se sabe ao certo, há quem diga que no Egito, mas os dados não são muito precisos. A verdade é que na década de 20 ele recebeu esse formato atual de bastão (bâton, em francês) e nos anos 30 ganhou o mundo. Segundo a revista Elle canadense, o primeiro batom de longa duração surgiu na França em 1928. Ele se chamava Rouge Baiser (algo como beijo vermelho) e teria sido criado pelo químico Paul Baudecroux. Hoje, as opções de cores são muitas e envolvem até azul e verde (usadas no desfile de verão de Herchcovitch e que tentaram, em vão, virar tendência), mas é inegável, nenhuma cor representa tão bem os batons quanto o vermelho.
Para se ter ideia, na França - ah, esses franceses sabem das coisas... é impossível falar de moda sem mencioná-los - ele é chamado de rouge-à-lèvres (vermelho nos lábios). O vermelho fica bem em ruivas, loiras, negras, orientais e morenas, basta adaptá-lo à pele, usando uma tonalidade que a complemente. O tom da moda é o carmim, vivo e opaco. Talvez porque na própria lógica da moda uma tendência é exatamente o oposto da anterior, talvez porque ele passa por uma redescoberta, talvez porque seja o parceiro ideal – e menos entediante do que a “cor de boca” – para os looks mininalistas que voltam à crista da onda. O fato é que foi decretado o fim do reinado do gloss e do nude. Marylin, se estivesse viva, também estaria comemorando neste momento o triunfal retorno do batom carmim.


Sex symbol que se preste precisa de um batom vermelho, né, Marylin?

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