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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Academiaaaaaahhhh

Quem disse que isso é normal?

Sim, demorou, mas chegou o momento. O momento mais cruel e, ao mesmo tempo, onipresente na vida de uma mulher. O de começar a academia. Digo onipresente porque a gente sempre para e recomeça. Sempre. Exceto uma ou outra amiga sarada (óbvio), magra (ai que ódio) e com pouca celulite (sim, porque se sua garota não tiver celulite, meu amigo, aviso desde já: não é uma garota. É um garoto) que mantém uma disciplina ferrenha e permanece fiel à mesma academia e ao mesmo professor. Exemplos raros, é verdade, mas existem.

Não é meu caso. Confesso que não sou o mais sedentário dos seres, portanto se esperavam encontrar uma história de alguém que nunca se exercitou e acaba de encontrar seu amor pelos alteres, podem mudar de blog. Eu sempre fiz algum tipo de atividade física: de tae kwon do (sim, acreditem) a dança de salão, passando por step, dança do ventre e musculação. Nos últimos dois anos andava adepta da corrida na esteira, mas como mudei de prédio, a academiazinha que existe no térreo não é lá essas coisas e a esteira mais estraga do que funciona.

Precisei tomar uma atitude drástica. E é aí que entra a academia. Sempre tive horror ao ambiente. Primeiro porque sou uma pessoa zero competitiva, então não suporto as comparações de bíceps, tríceps e abdômen que rolam (in)discretamente diante do espelho. Quando chego para me exercitar em algum aparelho e vejo que o fulano que o usara antes de mim levantava 50 quilos enquanto eu quase morro para erguer 5 também tenho vontade de sumir. Em segundo lugar, detesto o desfile de roupas de academia. Prefiro gastar meu rico dinheirinho em um belo vestido ou um par de scarpins. Nunca (eu disse NUNCA) terei prazer em escolher um tênis, uma meia de última geração ou um top-que-absorve-o-suor-com-tecido-desenvolvido-pela-Nasa. Mas o ápice do horror ocorre quando estou, de fato, me exercitando sozinha, com uma música bate-estaca de fundo, fingindo que isso é natural. Gente, não é! É tudo menos natural. Eu me sinto uma pata choca levantando pesos, me sinto uma sedentária fazendo abdominais e, de quatro, exercitando os malditos glúteos, me sinto patética!!!

Enfim, mas voltando à necessidade. Toda mulher moderna que se preze, principalmente depois que passou dos 30, (momento em que nosso relógio biológico entra em greve, decide parar e nunca mais queimar uma caloria de graça, sem esforço) PRE-CI-SA se exercitar. Não só para emagrecer, mas porque é saudável, para aumentar as defesas do organismo, diminuir o efeito dos tétricos e altamente “envelhecedores” radicais livres e para cuidar até mesmo da postura, afinal, a gente passa o dia sentada diante do computador (salvo raras exceções). Pois é. Precisa. (suspiro)

Então vamos aos fatos: eu amo dançar. Queria que inventassem uma dança que queima 1000 calorias em uma hora. É possível? Não? Ah, pena. Adoro comer. Dá pra criar um chocolate que queime 1.000 calorias em uma hora? Nem pensar? Tá, tá, tá, tá (com entonação do Seu Madruga). Vamos para a academia. Escolhi uma pequena, low profile, perto de casa. Posso ter treino de musculação se quiser. Mas também posso apenas fazer as aulas, que vão de bike e box (ugh!) a step e Pilates (agora, sim!). Vou tentar, gente, vou tentar. E prometo contar aqui as peripécias aprontadas por lá. Afinal, como diria minha amiga (que compartilha comigo desse momento “já que precisa, então vamos fazer”): “Pensa nas banhas e não reclama”.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

TPM em capítulos

Abertura da novela.


No começo, fico boazinha. Queridinha. Um doce. Não existe marido no mundo melhor que o meu (olha que lindo, ele mandou uma mensagem pra dizer bom dia!). Ah, as solteiras sempre sentem que seus namorados são perfeitos e que já está mais do que na hora de casar com os amores de suas vidas. Até a mais invicta e convicta das solteiras pensa em casar e ser feliz para sempre durante essa fase. Eu também sempre penso que não existe família melhor que a minha (por que diabos escolhi morar longe dos meus pais?), puxa, como amo meu trabalho!, não há amigos melhores que os meus (buáááááá quase todo mundo mora em outra cidade)... Essa é a fase ternurinha.

Com a constatação que não posso passar 24 horas ao lado de TODOS eles fazendo cafuné vem a segunda etapa: a do choro gratuito. “Sabe o que é? É que eu recebi um e-mail que...snif snif”. “Ah, culpa do filme a que eu assisti”. “E o capítulo da novela ontem? Muito triste!”. “E essa notícia do jornal?”. E a vida vira um mar de lágrimas. Gratuitas, não!!!! Elas têm um motivo, pô. Quando penso nisso, sinto chegar uma nova fase: a da ira.

“Cacete, por que esse telefone não para de tocar?” “Eu não consigo me concentrar”. “Esse cachorro nunca faz xixi no lugar certo”. “Meu marido não me ama mesmo, trabalhando até essa hora” (Algumas mulheres passam pela fase do: “tenho certeza que ele tem outra!!!”). “Por que essa gritaria aqui na redação??? Estão pensando que aqui é o mercado do peixe?!” (frase verídica, que acaba de ser dita por uma amiga, aliás). Atenção! Neste momento, o ministério da sanidade mental adverte: não dirija, nem peça um aumento e menos ainda tente uma DR.

A ira só aumenta com a percepção de que o corpo inchou e nenhuma roupa cai bem. Nenhuma. Mesmo. É a etapa: “como estou gorda e feia”.

No próximo capítulo vêm as dores. A mulherada aqui (sim, sento próxima de cerca de 20 mulheres todos os dias) começa a lista das lamentações: “minha cabeça vai explodir”, “meu problema é a lombar”, “o meu, é a dor nas pernas”. “Que diabos é essa cólica????”

Sim, meus queridos essa é uma (nada) simples TPM. Ela dura apenas uma semana, mas passa obrigatoriamente por todas as fases acima. Acaba com um momento nada agradável, acreditem.

The End.

Pelo menos pelos próximos 20 dias.

E depois tem muito “vale à pena ver de novo”.

Ah, e não pense que isso passa quando ficamos grávidas, não. Reza a lenda que se normalmente os hormônios apostam corrida em nossos corpos, quando engravidamos eles praticam esportes radicais. E dá-lhe dieta do chocolate para acalmar tanta revolução hormonal!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Novidadinha


Havaianas e Farm juntas? É um sonho? Não, olha que coisa mais linda, mais cheia de graça esse lançamento. À venda por 50 reais!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pregados no consulado – ou como tirar um visto para os EUA


Se você precisa tirar o visto para ir aos Estados Unidos, prepare-se para perder horas e praticamente esgotar seu estoque de paciência. Agora, se você precisa tirar o visto no consulado de São Paulo, eu posso garantir: será um dia inglório, em que nem toda a paciência do mundo vai bastar para salvar o seu (bom) humor.

Tudo começa com um boleto, claro, que você precisa pagar para poder agendar a entrevista. São cerca de 35 reais. O agendamento é feito online com quatro meses de antecedência ("E eu lá sei se estarei viva daqui a quatro meses?" foi o que me perguntei em janeiro. "Que dirá em 11 de maio às 8 horas da mattina!"). Cerca de 15 dias antes da entrevista, você precisa tirar uma foto 5x5 (ou 5x7) que segue uma sééééééérie de recomendações: fundo branco, foto colorida, com testa e orelhas aparentes (isso mesmo, escondam suas franjas e tirem os brincos), com aquela cara de “bunda” que só uma foto para documento é capaz de fazer por você. A foto deve ser impressa e também estar guardada em um CD ou pen drive. Você já vai descobrir porquê.


Cerca de 10 dias antes da tal entrevista, você entra no site do consulado americano (visa-eua.com ou algo parecido) e localiza um formulário que precisa preencher. Pode se preparar para uma hora diante do computador, respostas em inglês, sistema falho que cai o tempo todo e perguntas que você não faz ideia de como responder, como o CEP do seu antigo emprego e da faculdade em que estudou ou o contato de alguém nos EUA, sendo que está tirando visto para turista e ainda nem decidiu em que data vai viajar, quanto menos o roteiro e os hotéis em que vai ficar. Respire fundo, você está quase na metade do processo. Ficha preenchida (com a foto que estava na pen drive devidamente baixada), você vai ao próximo passo. Dirigir-se a uma agência do Citibank (oi? Alguém sabe onde fica?) SEM NENHUM BOLETO (algo que demorei para descobrir pesquisando por horas no site) e com TODOS os passaportes que vão requerer visto e mais o valor correspondente a 140 dólares por passaporte. Enfrenta fila, pega senha, paga e ok, falta só a última etapa.

Sóóóóóóó???? Não. AINDA falta a última etapa. Lembram que eu agendei às oito horas? Pois é: cheguei às 6h30 porque sou uma mulher muito precavida e entrei em uma fila de mais de 100 metros (ou 20 minutos pra mulherada que detesta fazer conta). Tudo lindo até aí. Quando eu e marido colocamos o pé na porta, avisaram que iam revistar a bolsa e não podíamos ter nem câmeras, nem celulares, nem espelho (SIM, ESPELHO), nem lixa de unha metálica, nem alicate de unha, nem nem nem... ok, ok, perguntamos: onde fica o guarda-volumes? A resposta clássica: não temos, senhora. Precisa ir guardar nos guarda-volumes independentes, que ficam do outro lado da rua. Com a cara mais indignada do mundo tento perguntar calmamente: "e posso voltar direto para falar com você?" Com a cara mais plácida do mundo, ela me responde: não, senhora, a senhora precisa voltar ao fim da fila. Deixei a bolsa inteira e mantive apenas os documentos comigo, de medo de ser taxada de terrorista maluca que pode matar os outros com um bico de pato ou, quiçá, um gloss venenoso, né?

Parece piada, mas não é.

Voltamos ao fim da fila e descobrimos que todas aquelas pessoas estavam ali apenas para entrar no consulado, para ter seus documentos checados e passar pelo detector de metais e segunda revista das bolsas (de quem teve coragem de levar) pelo raio x. “Agora, sim”, pensamos. Ahãn. Agora sim começa a fila para pegar a senha. A ela se seguem a fila para a pré-entrevista, em que checam nossos documentos, a fila para tirar as impressões digitais e a fila para a entrevista. Todas, não preciso nem dizer, imensas. Tinha mais de mil pessoas lá dentro, para chutar baixo.


Por fim, você pensa: “a moça da entrevista disse (em inglês, ah sim, a entrevista é em inglês) que ganhei meu visto, então é só ir embora, certo?” Errado! Ainda tem a fila para pagar o Sedex. Pânico generalizado na área. Pagar???????? Mas eu deixei minha bolsa no guarda-volumes!!!! Pois é, minha gente. Pagar pelo Sedex. E só entra nessa fila quem está com o dinheiro. Por sorte, meu marido, mais precavido que eu, estava com dinheiro. Mas não foi uma nem duas pessoas que vi saírem de lá para procurar um caixa eletrônico e ouvir do guarda na saída com a cara mais lânguida do mundo: sim, senhora, a senhora terá que voltar ao início da primeira fila.
É mole?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O esplendor de uma diva


Ela era uma diva em todas as concepções do termo. Uma diva dos tempos antigos, pois foi uma princesa. Uma diva dos tempos modernos, porque foi uma atriz hollywoodiana (com direito a Oscar e tudo). Uma diva atemporal por suas atitudes e estilo, o que a tornou também um ícone de moda. Se você acha que estou exagerando nos desafios é porque, certamente, não conhece Grace Kelly. A musa do diretor Alfred Hitchcock se envolveu em romances com os homens mais lindos de sua época, como Clark Gable. Filha de imigrantes irlandeses que moravam nos EUA, ela chegou onde nenhuma plebeia sonhara: casou-se com o príncipe Rainier III e com ele teve três filhos. Morreu em um acidente de carro em 1982, quando eu tinha apenas 2 anos de idade. Mas essa mulher que realizara dois sonhos muito comuns no imaginário feminino (ser princesa e ser estrela de cinema) nunca saiu da minha imaginação.



Agora a FAAP apresenta a exposição “Os anos Grace Kelly, princesa de Mônaco” em seu Museu da Arte Brasileira de 5 de maio a 10 de julho, com entrada gratuita. São cerca de 900 objetos, entre eles fotografias, filmes e (baba baby) vestidos – como os de Dior, Givenchy e Chanel –, bolsas e joias. Cartas trocadas com amigos ilustres - como a rainha Elizabeth, Greta Garbo, Frank Sinatra, Alfred Hitchcock e Jacqueline Kennedy - também estão presentes. E como nem só de celebridades e belos vestidos se faz uma diva de verdade, é possível ver na exposição o lado solidário da princesa, que defendia diversas causas humanitárias (foi, inclusive, presidente da Cruz Vermelha de Mônaco) e apoiava as artes. No mínimo, inspirador. As fotos são da exposição produzida pelo Grimaldi Fórum Mônaco.