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sexta-feira, 15 de julho de 2011

O amor sobrevive à distância?


Como vivi uma história de amor à distância de vários quilômetros, muita gente aflita vem me perguntar sobre como foi esse período e como fiz para dar certo. Esses dias, uma amiga de uma amiga me procurou, ansiosa e preocupada, perguntando exatamente isso. Tava inspirada no dia e como a resposta que dei a ela foi por escrito, aproveito para reproduzir aqui. Quem sabe minha resposta não alivie mais alguns coraçõezinhos apertados?

Meu sonho sempre foi fazer uma pós-graduação em moda, em Milão. Viagem marcada, matriculada no curso, passagens compradas, tudo certo para a partida no dia 31/10/2002. Poucos dias antes, mais precisamente 07/09/2002 encontrei um amigo da minha prima, que eu conhecia de ois e tchaus. Ficamos. Me apaixonei. Passei pelo mesmo dilema que você. Mas no fundinho do meu coração tinha uma certeza muito forte de que seria para sempre. Nós dois conversamos. Deixei nas mãos dele, que ficaria e aguentaria a rotina e as festas da faculdade solteiro - e ao mesmo tempo comprometido. Acertamos que não queríamos colocar fim em algo que estava começando tão lindamente. Resolvemos pagar para ver. Com um porém: ele não deixaria de ir a uma festa, uma balada, um bar sequer. E eu não perderia nenhuma oportunidade daquela viagem que, ambos sabíamos, seria única. Sempre mantivemos o contato, nunca passamos uma semana sem nos falar. Mas sem grana nenhuma, não conseguimos nos ver uma só vez em oito meses. O telefone, os emails e até as cartas (como é lindo receber algo escrito das mãos de alguém com o cheiro daquela pessoa) foram os únicos consolos e nos aproximaram sem as pechas e os probleminhas do dia-a-dia. O amor só cresceu. Ele se manteve perto da minha família. Quando voltei, foi me buscar no aeroporto, em SP, para matarmos a saudade só nós dois naquele voo de volta a Ctba. Quando o abracei tive certeza que tomamos a melhor decisão de nossas vidas quando decidimos continuar.

A continuação desse conto, para quem não sabe, é que estamos casados há quatro anos e ainda mais felizes. Se nossa história serve de exemplo para alguém? Acho que não afinal, cada caso é um caso e, mais do que isso, cada casal é um casal. Mas pelo menos serve para mostrar que às vezes a gente perde dias sofrendo por algo que não pode resolver. E nem prever. Mas acredito que algumas coisas estão escritas e não há nada que possamos fazer para mudar isso. É o que alguns chamam de destino; outros, de sina e outros ainda, de Deus. Então por que sofrer? Por que ter medo de se envolver? Por que temer o amanhã? O melhor é curtir cada minuto dessa vida curtinha curtinha que a gente tem nas mãos. E da melhor forma possível. O amanhã... ah, deixe ele pra amanhã!

3 comentários:

  1. História linda, tão linda como o amor de vcs. Bjs

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  2. Que orgulho de ser madrinha desse casal que amo tanto!

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  3. muito linda a historia, tive uma historia com um portugues, pena que não deu certo, apesar de eu ainda gostar mt dele mas é assim mesmo.

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