A cidade onde foi rodado o filme mais famoso de Indiana Jones. Falando assim, imagina-se muita aventura, certo?
Mas não. Nenhum apelido dá conta da beleza e da imensidão de Petra, na Jordânia. Não que esses títulos não tenham um porquê. Eles têm. As rochas com alto índice de ferro em sua composição realmente ganham a tonalidade rósea com o bater do sol e realmente a cidade foi cenário para dito filme.
A questão é que os apelidos de Petra não passam nem de longe a ideia de sua grandeza. De sua aura algo funesta e muito misteriosa. Aura de um lugar místico, repleto de templos de adoração aos deuses dos politeístas nabateus, povo nômade que viveu na região. Aura de um lugar fúnebre com seus túmulos belamente esculpidos nas rochas graças à crença dos nabateus de que voltariam à vida, exatamente como acreditavam os egípcios. O tesouro, monumento mais conhecido e impressionante da cidade, é realmente de tirar o fôlego e se revela aos poucos, caprichoso, por entre as rochas que deixam uma pequena fresta, para entreolharmos, espiarmos e, finalmente, acostumarmos a vista para poder apreciar tanta beleza. O caminho desde a entrada de Petra é de mais de um quilômetro de caminhada, com um sol escaldante (em junho) e quando você começa a pensar: “o que eu estou fazendo aqui?” se depara com toda esta beleza e compreende rapidinho a resposta.
Mas não é algo que acontece rapidamente. O tesouro, principal monumento da cidade, se revela caprichoso, aos poucos, pelas frestas das rochas imponentes. Ele foi construído para ser túmulo de um nobre, mas nem chegou a ser “empregado” para este fim e se transformou em templo de adoração dos deuses. Passado esse encanto - que só aumenta à medida em que o sol se desloca e atinge seu ápice no final da manhã, quando você compreende porque Petra é chamada de cidade cor-de-rosa – vale à pena entrar na barraquinha no canto esquerdo do Tesouro, afinal, não tem mulher que resista a umas comprinhas, né? Lenços, bolsas de tecido e bijuterias incríveis aguardam por você. Prata e pedras têm seu preço, claro, que é calculado na hora, por peso. E merece ser devidamente barganhado, pechinchado, negociado. Um colar de turquesas pode sair por 20 dólares, por exemplo, e um anel em prata com pedras locais, por 40 dólares. Comprinhas feitas continue o passeio até o portal e de lá já vislumbre o restaurante Basin, do grupo Crowne Plaza. A comida é simples, em buffet, mas a vista não tem preço. A comida típica é bem refrescante, com duas ou três opções de carnes, muita salada e frutas frescas, sobretudo damascos deliciosamente doces.
Para ver Petra com outros olhos, volte de noite. O passeio Petra by Night é um deslumbre. Todo o caminho por entre as rochas é iluminado com velas e quando chegamos ao Tesouro, somos recebidos com uma xícara de chá beduíno e deitamos sobre os tapetes no chão para apreciar as estrelas até que um verdadeiro beduíno começa a contar a história do lugar e tocar uma música hipnotizante na flauta. O número se completa com outra música tocada na espécie de bandolim típica de lá, um dos instrumentos de corda mais antigos do mundo. A noite pode terminar melhor ainda se ao sair de Petra você entrar (no canto esquerdo da quadra) no Cave Bar, bar animado com música ao vivo e muito narguile (ou shisha como eles preferem chamar) que funciona dentro de uma caverna que tem mais de 1.000 anos de existência. É aí que você pode ter a última surpresa do dia, tomando uma cerveja gelada e ouvindo uma versão instrumental de Garota de Ipanema em plena cidade histórica de Petra!
Lindos textos minha sobrinha querida, fico muito orgulhosa por sua competência! Beijossssss!!
ResponderExcluirPri!!! Que deslumbre! Minha amiga, Petra combina com você: chique e... rosa! Amei, e fiquei louca pra conhecer! Beijos beijos, saudades!
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