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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O novo feminismo


Não nego a importância do movimento feminista para a história e, claro, para que as mulheres obtivessem muitos dos direitos que têm hoje. Pronto. Esclarecido? Pois é. Eu só acho que atualmente o movimento deveria repensar seus questionamentos e sua “luta”. Coloco entre aspas de propósito. Acho que a verdadeira batalha pelos nossos direitos acontece no dia-a-dia. Aconteceu quando a viúva Clicquot comandou uma empresa de bebidas na ausência de seu marido há muitos e muitos anos e garantiu o emprego daquelas pessoas que lá trabalhavam. Aconteceu quando a Nélida Piñon mostrou com seu talento que uma mulher podia ser presidente da Academia Brasileira de Letras. Ou quando a arquiteta Zaha Hadid ganhou o Pritzker, prêmio mais importante do mundo em sua área. Acontece quando a gente chega em casa e, sem precisar pedir, o marido ajuda a lavar a louça. Ou quando assumimos a direção do carro para dirigir na estrada, apesar de todos os perigos que ela oferece. Também acontece quando resolvemos ter filhos nesse mundo maluco e defendê-lo com unhas e dentes desse mesmo mundo. A “luta” das ditas feministas de hoje em dia ficou ultrapassada, parada no tempo. Lembro de uma professora do mestrado que estava com o punho machucado e pediu, em sala de aula, para alguém ajudá-la a abrir a garrafa de água. Um senhorzinho, muito gentil, levantou-se e foi até ela. Sabem o que ela disse? “Gente, não precisa ser um homem”. Ai, faça-me o favor, né? Esse tipo de postura radical até podia fazer sentido quando a LUTA (essa sim, com letras maiúsculas) precisou ser mesmo travada e o espaço das mulheres aberto (com perdão do trocadilho) a fórceps. Ela se justificava nos anos 70, quando minha mãe diz que barrou algumas vezes a gentileza do meu pai de puxar a cadeira para ela sentar ou abrir a porta do carro. Ela conta que tinha vergonha de aceitar isso, pois as mulheres PRECISAVAM provar sua independência e, enfim, ela vivia nesse mundo fervilhante de mudanças e sede de liberdade, em todos os sentidos, então isso fazia muito sentido. Mas hoje esse mundo se abriu. E agora cabe a cada uma de nós, mulheres, na nossa árdua batalha diária, mostrar que queremos espaço. E respeito. E (por que não?) delicadeza. Como alguém que nos abra a porta do carro, traga flores e puxe a cadeira pra gente sentar. Isso não faz de nós menos mulheres. É exatamente o contrário. Isso faz de nós mulheres de verdade, que brigam por seus direitos, sim, mas aceitam a natureza, com toda a força e a fragilidade que ela nos impõe.

Um comentário:

  1. Concordo e muito... So que nos dias atuais... as mulheres se dizem felizes mesmo sem estar felizes... metem para si mesma! E isso nos leva dia a dia para dias dificeis. Os homens a cada dia repeita menos e adimira menos as mulheres... mulheres que bebem, fumam, e que ja n sabem o que e ser feminina! Eu acho que a gente tem que tomar decisoes que sejam perfeitas para o nosso dia a dia, sem se preocupar se sao ou nao padrao. Se voce pode ter filho... falo: fazer, ter, criar, educar... TENHA. Se nao pode fazer tudo isso, nao tenha! se precisa trabalhar; Trabalhe, se pode ficar com seus filhos e educa-los, Fique! Um casal tem que somar, e tem q ser equilibrio! Eu nao sou a favor de mulheres q se deixam humilhar, que apanham, q sao traidas, q sao tratadas como menos... de forma alguma, somos gente, merecemos respeito... Mas... nao pago conta de bar, de motel... nao abro mao de gentilezas, amo quando meu marido puxa a cadeira, abre a porta do carro, me diz, Eu te amo! e traz uma flor q simplismente encontrou na rua... perdemos a mao... ja passou do ponto...

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