Mexendo em documentos antigos me bateu uma nostalgia... e deu vontade de trazer para vocês um texto que publiquei na revista IstoÉ Platinum há uns três anos, sobre um hotel incrível de Zurique.
Dá uma olhada:
Poucos lugares definem tão bem a palavra elegância quanto o hotel Baur au Lac, em Zurique. Seja pelo Rolls-Royce Phantom 2011 que transporta seus hóspedes mais especiais, seja pelas hortênsias brancas que decoram o jardim, seja pelos tapetes feitos sob medida para decorar até os elevadores, ou mesmo pelo restaurante com vista panorâmica para o lago Zurique. O fato é que o requinte desse hotel, fundado há 165 anos por Johannes Baur, já atraiu hóspedes como o compositor Richard Wagner (1813-1883), que teria escrito ali “A Valquíria”, a terceira das quatro partes que compõem a ópera “O anel do Nibelungo”.
Também em seus corredores, em 1892, o químico sueco Alfred Nobel (1833-1896) confabulou com sua amiga, a baronesa Bertha von Suttner, sobre a ideia de criar um prêmio mundial da paz. Essas e outras histórias – como quando a imperatriz Sissi passou uma temporada com um entourage de 60 pessoas – sempre foram contadas a Andrea Kracht, diretor do hotel e da sexta geração da família Baur. “Eu lembro que, quando era criança, via hóspedes que chegavam do mundo todo e falavam línguas estranhas. Aliás, algumas daquelas pessoas exóticas, eu continuo vendo”, disse à Platinum.
E isso é algo recorrente na história do hotel. A avó de Andrea, Elisabeth, costuma contar que muitos dos clientes de hoje são netos daqueles que aqui ficavam nos anos 1910, época da Primeira Guerra Mundial. “Temos hóspedes que nos contam sobre as lembranças que seus pais e avós tinham daqui”, completa. Tanta fidelidade se deve às minúcias levadas tão a sério pelos donos. Os 120 quartos são decorados com móveis e tapetes feitos sob medida em estilo clássico. Há ainda a opção de se unir até sete quartos para criar uma única – e imensa – suíte. A Lac’s corner é uma das mais luxuosas. Tem sistema de som dolby surround e banheira de frente para a tevê. A diária é de 3,6 mil francos suíços, o equivalente a R$ 6,7 mil. A estadia no hotel só fica completa depois de um drinque – de preferência um Aperol Spritz, muito pedido por lá – no terraço, em meio ao jardim. Com sorte, pode-se apreciar uma das constantes exposições de arte que embelezam ainda mais o gramado com vista para o lago Zurique.
A noite continua no restaurante Pavillon, em que fomos recebidos pelo simpático maître Juergen Schlatzer. Ele se apressa em dizer que é austríaco e nos oferece – entre os 750 rótulos disponíveis – um vinho de seu país. “São os melhores Rieslings do mundo”, justifica. No cardápio, cozinha francesa com interpretação do século XXI. Uma entrada de rolinho-primavera de camarão king com sorbet de gengibre antecipa as delícias do badejo na frigideira com pesto de rúcula e arroz negro cremoso. Para antecipar a saudade que sentirá da Suíça, encerre a refeição com o chocolate Baur au Lac. Produzido com a marca belga Callebaut, tem sabor frutado e levemente defumado. Se tiver pique, estique até a discoteca Diagonal, a mais badalada da cidade e onde só se entra com nome na lista. Um privilégio para poucos e que se estende aos hóspedes do Baur au Lac.
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