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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

da marmita e outros devaneios

Um blog que abre com looks da última coleção da Dior e macarons cor-de-rosa supostamente não deveria falar de marmitas, certo? Errado, porque essa é a vida real. E muitos elementos da vida real não são tão ruins quanto parecem. "Você leva marmita todos os dias? Mas como assim? Você cozinha T-O-D-O-S os dias?". Entre um misto de desprezo e surpresa é mais ou menos essa a reação das pessoas quando conto que, sim, levo almoço todos os dias para o trabalho. Todos todos todos os dias, assim, não, porque sexta-feira brincamos aqui que é o dia da alforria...rs... e saímos para comer em algum restaurante. Mas de segunda a quinta-feira, sim. E olha que o "bonde da marmita" só tem aumentado. De três pratinhos tímidos que pediam para ser esquentados no microondas diariamente, hoje estamos em sete pessoas (não fixas) que costumam trazer sua própria comida para almoçar dignamente, mesmo que num porão que rescende ao cheiro de fritura. O lado ruim? Claro, ter que cozinhar quase que diariamente, embora já estejamos desenvolvendo nossas técnicas e não nos importemos em repetir o mesmo almoço duas ou três vezes na mesma semana. Nada também que um freezer não resolva, afinal, fazer porções generosas e descongelar aos poucos é um desses truques. Mas sem dúvida chegar em casa quebrada - de um dia de trabalho, um trânsito caótico por causa da chuva que alagou a cidade e depois ainda de ter feito as compras da semana e estar "verde" de fome para jantar algo que ainda não foi preparado - ter que cozinhar para o dia seguinte não é a melhor atividade do mundo. Dá vontade, como diria minha mãe, de ter uma varinha de condão e ver delícias preparadas na sua frente. De preferência já dentro do tupperware e na geladeira. Mas eu garanto que se a preguiça e o cansaço forem vencidos, o resultado vale à pena. Nada como no meio de um dia extenuante de trabalho - ou da ausência total de inspiração - você saber que aquele pratinho que tanto adora está te esperando fresquinho, recém-preparado. E que ele não leva quilos de gordura, sal, aditivos ou -horror dos horrores - salitre. Fora o quesito nutricional-dietético (sim, porque entre comer 'na rua' e comer sua comida, pode apostar que você, no mínimo, vai engordar menos), ainda há a diversão do momento do almoço e a troca de receitas entre as Amélias do dia de hoje: como você fez essa abobrinha? Nossa, essa batata está linda! Você trouxe macarrão? hummm... amanhã vou trazer também! Y así pasan los días e o momento da refeição faz até esquecermos os problemas que nos aguardam na redação.

2 comentários:

  1. Oi, amiga! Tô A-D-O-R-A-N-D-O ler o seu blog! É muito bom poder saber um pouquinho mais da tua vida longe da gente, com uma maior frequência!!! Já viciou... hehe... Bjo, Fla

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  2. Nada como a comidinha caseira "de casa" neh?! saudades amiga ... bjos

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