.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Memórias. Não são só memórias.

Não. Eu não sou fã da Pitty. Mas nada mais propício do que esse título para falar sobre minha memória musical. Eu sei que as pessoas se dividem de acordo com o tipo de memória que têm: algumas têm olfativa, outras se recordam ao ouvir um barulho ou uma voz, outras ainda têm a dita memória visual. A minha - extremamente seletiva, pois desdenha de nomes, fisionomias, números de telefone e, ultimamente, até aniversários - prefere se apoiar na música. Minha memória canta. É isso. Minha alma também, Tom (Jobim), mas minha garganta, não. Pelo bem dos espectadores do videokê...rs. Dispersões à parte, voltando ao foco do texto (como é bom poder divagar e escrever um texto sem foco e nem limitação de número de toques). No caminho para o trabalho hoje, dentro do belo trajeto Barra Funda-Recanto dos Humildes (não, não posso evitar: é gente humilde, que vontade de chorar...hehehe) eu vim ouvindo música. Santa tecnologia que permite que a gente ouça rádio no celular. Santa Nova Brasil FM que tem o poder de me desligar do barulho e do sacolejar daquele imenso ônibus que me carrega todos os dias. Enfim, vim ouvindo de Ana Carolina a Djavan e as memórias começaram a flutuar na minha mente. A primeira canção que escuto do começo ao fim, "Envelheço no cidade" (do Ira), me lembra veterandas da faculdade, festas de aniversário de todas elas, em que o ápice da festa era a gente cantar bem alto: "Feliz aniversário, envelheço na cidade". E também me lembra a situação especial que estou vivendo: eu - e muuuuitas amigas - beirando os 30. Pânico na zona norte! A crise se aproxima. De umas mais, de outras menos. Essa semana liguei para a melhor-amiga-de-infância para desejar felicidades e ela, que poucos meses atrás mencionou a famigerada crise-dos-30, estava tranquila, me parecendo serena e com um humor incível. "Entrei nos 30 bombando. Literalmente. Hoje houve uma ameaça de bomba no lugar onde eu trabalho, acredita?", me contou se divertindo com a situação. É, é isso que eu chamo de estreia bombástica. Rs. Não posso negar que é mais ou menos o que espero para os meus 30. Ao invés dos sininhos que tocam quando beijo meu marido, seriam bombas explodindo no exato momento em que eu assoprar as velinhas. Bem, dramas a parte... a próxima música, "Nem um dia", do Djavan, me lembrou uma amiga. Mais escorpiana do que eu, ela me contou uma certa história de paixões, riquezas e sheikes árabes que nunca esqueci. E ela também não, tenho certeza. E me fez pensar no que o amor pode representar. E em como pode se manifestar. Mas isso já é assunto para outro post...

2 comentários:

  1. ai amiga, não sei pq q me identifiquei com esse post..."beirando os 30"... amo vc

    ResponderExcluir
  2. vixi...eu ainda to tentando fugir dos 30! ao invés de fazer trinta vou fazer vinte e dez? pode ser??? rsrs

    ResponderExcluir

Comente aqui.