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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Le Floris


O Lac Léman, maior lago da Europa, foi – na minha opinião – o cenário ideal para um jantar inesquecível. Com menu escolhido a dedo pela Rolex (que convidou a minha revista para um mergulho em sua história e em seu savoir-faire no coração de Genebra, confiram mais detalhes na próxima edição da Istoé Platinum), o restaurante Le Floris traz um espírito mais leve para uma Suíça fria e, como imaginamos daqui do Brasil, rica em uma gastronomia gordurosa, com muitos queijos, molhos e chocolates. Na carta de vinhos, os deliciosos suíços Chardonnay Fût de Chêne 2007 e Bertholier 2008 Domaine des Hutins. No cardápio do chef francês Claude Legras, mais do que comidas, havia sensações, surpresas e divertimento. A entrada foi uma das melhores que já provei até hoje. Continha uma torta folheada de cogumelos Paris e trufas, um mini risotto de cogumelos mousserons e um velouté (ou creme, se preferir) com mais cogumelos. O velouté foi a estrela da noite, não só por sua cremosidade e suavidade, mas devido à sua apresentação (veja na foto): ele veio servido em um saquinho de celofane e foi consumido de canudinho. Um charme, né não? Como prato principal, a levíssima galinha d’angola (na Europa eles adoram consumir essa carne) cozida a baixa temperatura, legumes e batatas cremosas. A sobremesa parecia querer mostrar que uma refeição perfeita não pode terminar sem um doce perfeito. De preferência, é claro, à base de chocolate. A “geometria aos três chocolates” teve direito a fumacinha de licor, colocada na hora pelo garçom, como dá pra ver na foto. E quando você pensa que não tem mais como se surpreender, eis que surge o gran finale: um carrinho com doces “de antigamente”, feitos na casa mesmo. A escolha entre os pirulitos caseiros, o algodão-doce (confesso que a-do-ro) e os marshmallows de morango foi dura, mas fiquei com a última opção e não me arrependi. Só me arrependi mesmo foi de ter ido embora. A vontade era ficar por lá, esperar o nascer do sol sobre o lago Léman e, quem sabe, almoçar por lá. E depois jantar novamente, almoçar, jantar... sem precisar jamais interromper essa deliciosa experiência.


Os divinos cogumelos

A geometria de chocolates com fumacinha...


... e a surpresa-final: o carrinho de doces

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