terça-feira, 26 de outubro de 2010
O segundo filho
Entre tantas crises que assolam uma mulher de 30 anos, está aquela sobre a qual flutua uma obscura pergunta: ter ou não filhos? E se tê-los, quando? Eu sei, já comentei sobre isso aqui, mas essa questão insiste a voltar à ordem do dia. Não digo porque muitas de minhas amigas de infância já tiveram um filho. Até porque, tantas outras, com as quais convivo muito hoje, nem pensam nisso. Mas falo porque algumas de minhas amigas já estão é no segundo bebê! Sim, você entendeu direito: no segundo. Posso dizer que essas mulheres são, no mínimo, heroínas. Eu fico me perguntando silenciosamente: gente, o que deu em vocês?Eu tenho medo de não dar conta de um cachorro, sinto culpa por não passar o tempo que considero necessário com ele, me endivido toda para pagar banho, comida, veterinária... E vocês já no segundo? Admiro a coragem, é claro, mas me dá medo só de pensar. É algo como ter um ser dependente de você mamando enquanto o outro já chora para trocar a fralda, ou ir à escola. Deve ser parecido com aqueles equilibristas, que rodam dois pratos ao mesmo tempo no semáforo, e que contrariamente a minhas convicções anti-esmola, quase sempre me convencem a lhes dar meus trocados. Ou então com aquela brincadeira de escola, em que a gente tenta girar os dedos ao redor da cabeça, virando um para cada lado. Tipo tudo ao mesmo tempo agora. Agora, por favor, me expliquem: como vocês dão conta de tudo isso e mais de casa/marido/trabalho/academia? Isso é realmente possível na vida real? Sim? Não, mas finge-se que sim? Ou ter filhos é como entrar numa piscina gelada: a maior roubada, mas você faz cara serena e fala pra todo mundo: “entra você também, está uma delícia!”? Está certo, ter um só filho também não me parece o ideal. Não para mim, que adoro casa cheia, festa, muita música e barulho. Para piorar, fico fazendo cálculos e mais cálculos, e me perco nas contas ao tentar imaginar qual seria a idade ideal para eu ter o primeiro filho para que a diferença de idade dele para o segundo seja bacana e eu não esteja com idade de ser avó do caçula... Mas então será que existe um manual para isso? Por que nunca foi lançado um livro no estilo “fale-francês-em-15-minutos” ou então “como-enlouquecer-um-homem-na-cama” com o título “Como ter dois filhos e não surtar”?
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAi amiga, sabe que eu estou nesta fase também? só você para me entender tanto...
ResponderExcluirlove you
beijos
Má (beijinhos da Frida e do Gui também para vocês dois)
Ai amiga, eu mal casei e às vezes sinto essa cobrança dos filhos. Qdo minhas amigas, como a Danyfran, ficaram grávidas, me deu uma vontade enorme... mas parece que logo passou. Parece que eu ainda quero ter mto tempo pra mim e para o marido. Será que sou egoísta? Enfim, 2012 já está quase aí e este é o ano que escolhi para ser mãe! Até lá vou aprendendo com meu afilhado que vai nascer em abril de 2011. Eu não fiquei para titia, mas vou ser titia pela primeira vez. A alegria é enorme... então, imagino que ter um filho e uma alegria ainda maior. E só mais um detalhe: conheço no momento nada mais, nada menos, que 12 mulheres grávidas, entre amigas e a minha cunhada.
ResponderExcluirBjos, Dani Morena
eu sou casada a 8 anos e tenho 2 filhos, uma menina com 7 anos e um menino com 4 anos... moro fora do Brasil, e nao tenho NINGUEM DA FAMILIA perto de mim! Bem, meu esposo trabalha e eu vivo 100% do meu tempo em funcao dos filhos, marido e casa!!! Nao e facil, mais sou feliz demais, as vezes fico chateada, mais e normal, nao existe quem leva outra vida tambem fica sempre feliz.... nao existe escolhas onde voce vivera sorrindo. Sinto falta da familia que deixei no Brasil, mais nao trocaria minha vida por qualquer saudade!!! Tenho tudo que sempre sonhei pra mim!!!
ResponderExcluirMuitas de minhas amigas nao abrem mao de trabalhar e deixar os filhos com as babas, playstation ou com a tv ... tudo porque tem medo de se separar e nao ser ninguem profissionalmente... eu apostei, nao me casei para me separar, casei para viver ao lado dele para sempre... e somos um casal/dupla, ele faz a parte dele e eu a minha... cada um com suas vantagens e desvantagens... alias como em qualquer escolha feita, por qualquer pessoa em qualquer lugar!