Personagens:
*um mocinho bocó
*uma mocinha interesseira, fútil e mimada que come o pão que o diabo amassou e continua interesseira, fútil e mimada
*um segundo mocinho sem-vergonha e aparentemente mau caráter
*a personagem coadjuvante, uma tapada que não vê que tudo o que a sua “amiga” quer o tempo todo é lhe trair
Eu nunca tinha assistido. Não tinha coragem de contar isso pra ninguém, porque era praticamente como se tivesse cometido um crime cultural, um assassinato cinematográfico, um suicídio filmográfico, um latrocínio cinéfilo, enfim, como se tivesse feito algo bem bem bem feio por nunca ter assistido o épico “...E o vento levou”. E então eu assisti. E perdi a vergonha. Posso dizer sem papas na língua: gente, como alguém pode considerar esse filme uma obra-prima? Chato demais. O filme se eternizou pelo “Nunca mais passarei fome”, dito pela protagonista Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) diante de uma cenoura encontrada no terreno de sua fazenda após a Guerra da Secessão americana, em que os yankees (americanos do norte) haviam acabado de fazer uma varredura que não perdoou nem as joias de sua mãe. Gente, ok, a frase é dramática, Scarlett é uma linda mulher que acabara de sofrer horrores, mas é só isso. Nem todo sofrimento do mundo fez ela baixar a petulância e a vontade de trair a amiga e nunca vi personagem mais chata – faz todas as Helenas e Eduardas de Manoel Carlos parecerem comediantes. E não se trata de ser um drama, pois eu adoro o gênero. Trata-se de tédio, mesmo. E a falta de caráter elevada à sua enésima posição (com muito mais detalhes sórdidos do que os folhetins de Gilberto Braga).
Quando começamos a assistir a segunda parte do filme – ah, sim, a película dura QUATRO horas – eu já estava arrependida, mas não deixo nada pela metade e tinha a esperança que o final salvasse tudo. Ledo engano. Claro que não vou contar o fim do filme aqui, mas posso garantir que não vale à pena desperdiçar tanto tempo livre. Salvam-se apenas – e isso para quem gosta de moda – a fantástica cena em que a escrava aperta o espartilho de Scarlett, o figurino de um modo geral e a cena em que ela tem a ideia de pegar uma incrível cortina de veludo verde e transformá-la em um vestido deslumbrante. A cena marca o momento em que a personagem “sacode a poeira e dá a volta por cima”. Afinal, o que um vestidinho novo não faz pela gente, né?
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Pri do céu, achei que era só eu que achava este filme chatíssimo.... hahaha
ResponderExcluirbeijo, Mar
O fim foi o melhor. A Scarlett teve o que mereceu.
ResponderExcluirPri! Tenho uma teoria. Acho que era só porque as mocinhas e mocinhos podiam ficar na " matinê" 4 horas seguidas, sem dar satisfações pras mães e pais em casa...afinal, estavam no cinema! E aí criou-se o mito de que o filme era bom. Desculpa pra agarra agarra no escurinho do cinema. Certeza. Nem os membros da academia devem ter assistido sem dar umas cochiladas...
ResponderExcluirO povinho sem cultura! NÃO conseguiram ver a riqueza do figurino e do cenário. No minimio para vocês isso deveria ser admirado .
ResponderExcluirFilme magnífico.
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