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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desapegue!


Iniciativa super bacana. Reciclagem de roupas no melhor sentido possível. Afinal, você troca suas roupas de que cansou pelas roupas de alguém, que também já enjoou das suas. Especial para quem mora em SP. Quem não mora, dessa vez vai passar vontade, mas os organizadores prometem viajar o Brasil com o evento em breve. (ops, será que podia contar isso, Rogério? rs)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

pochete? Meeedo!


Gente, que medo! Li essa semana no blog da Alline Cury sobre a volta da pochete como tendência de moda. O acessório - pasmem - apareceu em sua versão chic até na passarela de Emmanuel Ungaro (veja no link acima) e, segundo a Alline, que mora em Paris, a pochete já está sendo adotada por algumas descoladas da capital da moda. Na foto acima, passarelas de Alessa e Colcci mostram que as grifes brasileiras também estão aderindo. Será que a gente vai se render? Será que algum dia o trauma das pochetes vai passar e a gente (pessoas comuns, normais, de carne e osso, que trabalham, andam pelas ruas a pé, têm mais de 50 cm de cintura e menos de 1,80 m de altura) vai aderir à onda? Por enquanto, tenho medo!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Da preocupação


Angústia disfarçada
coração apertado
sonhos agitados
olhos úmidos
músculos doloridos
cabeça baixa
angústia que não deixa
sorrisos nervosos
dedos ansiosos
mãos trêmulas
sangue que dói só de correr pelas veias
nó na garganta
orações repetidas mentalmente
semblante indisfarçável
mudanças inevitáveis
telefone que toca e não atende
(Para uma amiga muito especial e um avô muito querido, que não me saem do pensamento essa semana)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ainda no ritmo 80's


DavidBowiemovimentopunkVivienneWestwoodMadonnaCuboMágicoAquaplayPogoballVaieVemAtariXuxaLolloGeniusMenudoMcGiverAGataeoRatoPaquitasOsTrapalhõesShowdeCalourosLegiãoUrbanaALagoaAzulDenerClodovilIôIôTremdaAlegriaMichaelJacksonOmbreirasMangaMorcegoGarelliMiniChicletsCoqueteldeCamarãoGeraçãoBabyBoomers

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Humor com graça


Esse feriado aproveitei a folguinha inesperada para locar o DVD da TV Pirata. Quem tem por volta de 30 anos hoje, certamente lembra desse humorístico exibido pela TV Globo em meados da década de 80. No mínimo se lembra do Barboooosa (aquele, que morreu afogado na sopa...rs) e das Presidiárias. Assistindo a esse DVD, várias ideias passaram pela minha cabeça.
1a: não consigo mais visualizar um elenco de "feras" reunido com o simples propósito de fazer humor (e dos bons). Com uma tropa de elite de apenas nove atores (ao menos nos episódios que aparecem no DVD), o programa reunia Deborah Bloch, Guilherme Karan, Ney Latorraca, Marco Nanini, Diogo Vilela, Louise Cardoso, Regina Casé, Claudia Raia e Cristina Pereira (por onde anda essa mulher, meu Deus? O humor nacional perde muito com a ausência dela!). Ah, com pontas de Luiz Fernando Guimarães e Denise Fraga!
2a: o Casseta e Planeta é muito mais porcaria do que imaginamos e as únicas piadas que quase prestam são cópias malfeitas da TV Pirata (inclusive letras 'irônicas' para sucessos populares e o "Ricardão" escondido no armário).
3a: a vida (e a TV Globo, principalmente) anda muito chata. O que será do universo das piadas sem o politicamente-incorreto, sem pessoas simulando fumar e beber (e otras cositas más), sem críticas políticas e sociais bem feitas e, sobretudo, sem plagiar comerciais da TV??? Naquela época a Globo parecia não ter problemas até mesmo em exibir marcas sem que elas precisassem pagar "merchã" pra isso. E era engraçado pra caramba!
Tá legal, eu sou mesmo saudosista, mas que assistir à TV Pirata foi diversão garantida durante mais de duas horas diante da TV, isso foi :-)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Poetinha


Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Ele fumava, era um grande apreciador de whisky e mulherengo assumido (casou nove vezes!). Analisando separadamente, tinha todas as características que não me agradam. Mas no conjunto, ele era/é tudo o que sempre admirei numa pessoa: paixão pura, sinceridade a toda prova e toques de uma diplomacia, digamos, boêmia. A paixão desenfreada fez pronunciar frases que entraram para o imaginário popular, como quando respondeu à pergunta de seu amigo Tom Jobim: "Afinal, poetinha, quantas vezes você vai se casar?" com a singela frase: "Tantas quantas forem necessárias". A sinceridade aflorada lhe conduziu ao nada politicamente correto "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". E a diplomacia típica de um libriano aparecia em vários momentos. Mas a boemia... ah, a boemia. Essa fazia parte de sua vida tanto quanto a habilidade de comover com suas letras e poesias. Taí, marido que me desculpe, mas se Vinícius fosse vivo, eu certamente teria me apaixonado por ele. A propósito, não me lembro mais onde, mas juro que li (e nunca me esqueci) a melhor forma de descrever esse homem: "Ele é plural até no nome: Vinícius de Moraes".

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conselho


Mesmo quem não gosta de samba não pode ficar indiferente a essa letra do Almir Guineto, que eu adoro, sobretudo em uma segunda-feira de sol após um fim de semana delicinha (com direito a brunch, chopp, família, passeio por um bairro até então desconhecido e até Nintendo Wii...rs):

Deixe de lado esse baixo astral
Erga a cabeça enfrente o mal
Que agindo assim será vital para o seu coração
É que em cada experiência se aprende uma lição
Eu já sofri por amar assim
Me dediquei mas foi tudo em vão

Pra que se lamentar
Se em sua vida pode encontrar
Quem te ame com toda força e ardor
Assim sucumbirá a dor (tem que lutar)

Tem que lutar
Não se abater
Só se entregar
A quem te merecer
Não estou dando nem vendendo
Como o ditado diz
O meu conselho é pra te ver feliz

PS: na foto, o precursor do Wii...rs

terça-feira, 13 de abril de 2010

liberdade condicional


É assim que eu me sinto por ser mulher. Numa espécie de liberdade condicional. Depois da queima de sutiãs, das mulheres ganhando o mercado de trabalho e da maravilha do acesso à pílula anticoncepcional, ainda me pergunto: que liberdade é essa? Esses dias, assistindo ao programa Saia Justa, no GNT, vi que o tema era esse: afinal, as mulheres são mesmo livres? Como seria o novo femininismo? Sim, pq essa fórmula que está por aí, por favor, ne? Já foi seu tempo. Feministas bradando aos quatro cantos que buscam direitos iguais e podem, muito bem, ser felizes sozinhas, já eram. Ao menos no meu ponto de vista. Mas não é nem esse meu foco, o feminismo dos dias de hoje. Não. Minha questão é: será mesmo que somos livres? Retomando a pergunta feita acima, eu me arrisco a dizer: NÃO! Não somos livres para re-al-men-te escolher. Temos liberdade sexual, sim, mas se alguma garota resolve se manter virgem até quando bem entender, é criticada, vira alvo de piadas, é cobrada no grupo de amigas. Podemos fazer botox, plástica, lipo, mas e se a gente quiser envelhecer e sair desse mundo plasticamente padronizado, pombas? Temos forte inserção no mercado de trabalho, sim, em profissões nunca antes sonhadas, mas com salários mais baixos. E vou muito além disso: temos a liberdade de poder trabalhar em qualquer área, mas não temos a liberdade de trabalhar em casa. Podemos ter babás, diaristas, berçários, e ser completamente independentes. Mas nos é negado o direito de ter filhos e poder cuidar deles de perto. Temos obrigatoriamente que nos dividir entre trabalho, casa e filhos. Não sem uma grande dose de sofrimento. Analise bem: mesmo em profissões em que a presença física no ambiente de trabalho não é obrigatória (caso da minha) diariamente, temos que "bater cartão". Qual seria o problema de fazer algumas entrevistas (o que já faço) por telefone ou e-mail e aparecer na redação uma vez por semana, no momento em que textos são editados e páginas fechadas? Nos outros dias, caberia a nós administrar nosso próprio tempo que, veja você, ainda não nos pertence. É ou não é uma liberdade condicional?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

cozinhar a dois


Já mencionei aqui que adoro cozinhar. Misturar os ingredientes, respeitar as proporções, seguir fielmente uma receita... ou, ao contrário, criar tudo na hora, segundo o sabor do dia. Perfumes que surgem, sabores provados com a pontinha dos dedos, cores e texturas que se formam. Tudo isso é muito inspirador. E nada melhor do que compartilhar essas descobertas com alguém que a gente ama, né? No princípio, as primeiras lições com mães e avós, depois invencionices com os irmãos, na adolescência, muito bolo de chocolate quente e brigadeiro de colher com as amigas. Os primeiros bolos feitos para esperar e agradar o namorado são a sequência (ao menos na minha vida) e, agora, a delícia de cozinhar junto do marido, num sábado à noite. Tão tarde que mais parecia uma ceia do que um jantar, mas regado a um bom vinho tinto, para aquecer ainda mais o coração. No futuro, quem sabe?, uma bagunça gastronômica com crianças espoletas que mal vão caber na cozinha? Qual será a próxima etapa dessa deliciosa aventura gastronômica que acompanha todas as fases da minha vida?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

friozinho


Chá fumegante, barulhinho de aquecedor, café enriquecedor, calorzinho do cobertor, lareira estalando, chocolate quente reconfortante, céu azul mais brilhante, luz trêmula de velas, sopinha calmante, marido "abraçante", ruído das ruas vazias, o barulho do silêncio, o perfume do incenso, o encanto de um filme novo e as pernas se cruzando sob o edredom. A lembrança de uma "sapecada" de pinhão na chácara, a maciez de luvas de lã, o charme de um cachecol, as orelhas quentinhas por um gorro. Tricô da vovó, creminho de aspargos da mamãe, taças de vinho tinto com o papai... hummm... acho que é por isso que não sofro no inverno :-)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Não tenho roupa!


99% dos pais e maridos se irritam quando pronunciamos essa frase e replicam: como não? Seu guarda-roupa está cheio! E essa resposta normalmente agrava a situação, visto que, quando berramos aos quatro ventos a fatídica sentença "não tenho roupa", significa que já estamos péssimas. Isso não é um exagero e atire o primeiro escarpin a mulher que nunca sentiu isso na pele. Seja na TPM, seja quando a gente dá aquela engordadinha cruel, seja quando muda de estação, ou quando a gente acaba de voltar de uma viagem e viu vitrines incríveis de roupas que não tem dinheiro pra comprar, ou ainda quando assiste a um filme no estilo "O diabo veste Prada" ou "Os delírios de consumo de Becky Bloom". O fato é que você olha para aquelas peças - uma camiseta roxa, outra preta, outra cinza, outra branca, umas regatinhas, umas lisas, outras estampadas, saias de vários tecidos e comprimentos, vestidos em uma variedade que pode até fazer inveja a uma loja de departamentos, calças, shorts, enfim, o fato é que o armário está cheio - e elas olham pra você, mas não te dizem nada. Não te inspiram, não combinam com seu espírito, ou com seu corpo, ou são muito coloridas, ou extremamente sem graça. Parece fútil? Pode até ser, mas as roupas são uma parte fundamental do nosso dia-a-dia. Com elas nos sentimos bem, seguras, confiantes, poderosas, sexy... ou então, um lixo, um desleixo, uma pessoa mais velha ou mais gorda do que de fato somos. É por isso que, de tempos em tempos, por mais que seu guarda-roupas se pareça com o das Patricinhas de Beverlly Hills ou o da Carrie Bradshaw, e sua coleção de sapatos supere a da Imelda Marcos, você se sente uma gata borralheira. E aí, há apenas duas soluções: o pretinho básico que pode salvar qualquer produ, ou ir às compras, o que, claro, é muito mais divertido. Afinal, não há mau humor que resista a uma passadinha no shopping, não é, meninas?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Trem bom


Feriado em Minas Gerais, terrinha do marido.
Balanço final: matamos as saudades da família e ganhamos alguns quilinhos a mais. Isso porque provamos um verdadeiro menu-degustação mineiro, o que incluiu: arroz com linguiça e feijão tropeiro com banana frita, picanha do Paiol na chapa com mandioca e muuuuito queijo, compota de laranjinha com doce de leite, carneiro assado com mandioca, batata doce e arroz com queijo (sim, até no arroz...rs), inúmeros pães de queijo, incontáveis broinhas de milho, infinitos bolinhos de polvilho e um sem-número de cafezinhos. E claro, como era Páscoa, não faltou chocolate. Mas o principal do feriado, a parte mais deliciosa, foi o curau da vovó que marido aprendeu a fazer. Sim, estágio vigiado, produção acompanhada de perto pelos olhos atentos da vovó. "Para render, a espiga deve ter os grãos maiores e mais durinhos", ela disse. E fomos atrás do milho ideal. De volta à cozinha, debulhamos as nove espigas de milho com a faca da chef...rs... e misturamos em pequenas porções a mais de um litro de leite. Integral, é claro. "Observem a qualidade do leite, senão o mingau fica ralinho". Sugestão anotada. Tudo batido no liquidificador, basta passar por uma peneira. Mas que não tenha os furos grandes como a nossa, porque de nada adiantou usa-la. Tivemos que repetir a operação com um pano de prato. "Raspe a colher de pau no fundo para que o amido não fique todo ali, senão o mingau não dá ponto", disse Simone, o braço direito da vovó na cozinha. Certo. Agora, é só acrescentar muuuito açúcar cristal (algo em torno de 10 ou 12 colheres de sopa) e misturar na panela até dar ponto. Misturar devagar para ficar pronto rápido, como instruiu a Simone. Depois que a massa estiver homogênea e começando a engrossar, deixe mais cinco minutos mexendo de vez em quando (sempre no fogo alto) e pronto. Basta virar no prato de servir ou em potinhos e polvilhar com muuuita canela. Ao menos, é assim que meu marido prefere. Olha, acho que ficou gostoso, principalmente porque o vovô comeu três pratinhos e precisamos tirar o curau da frente dele para que não repetisse novamente aquela delícia doce e quentinha. No dia seguinte, ela ainda foi sobremesa da Páscoa e não sobrou um só pozinho de canela para contar história.