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terça-feira, 20 de abril de 2010

Poetinha


Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Ele fumava, era um grande apreciador de whisky e mulherengo assumido (casou nove vezes!). Analisando separadamente, tinha todas as características que não me agradam. Mas no conjunto, ele era/é tudo o que sempre admirei numa pessoa: paixão pura, sinceridade a toda prova e toques de uma diplomacia, digamos, boêmia. A paixão desenfreada fez pronunciar frases que entraram para o imaginário popular, como quando respondeu à pergunta de seu amigo Tom Jobim: "Afinal, poetinha, quantas vezes você vai se casar?" com a singela frase: "Tantas quantas forem necessárias". A sinceridade aflorada lhe conduziu ao nada politicamente correto "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". E a diplomacia típica de um libriano aparecia em vários momentos. Mas a boemia... ah, a boemia. Essa fazia parte de sua vida tanto quanto a habilidade de comover com suas letras e poesias. Taí, marido que me desculpe, mas se Vinícius fosse vivo, eu certamente teria me apaixonado por ele. A propósito, não me lembro mais onde, mas juro que li (e nunca me esqueci) a melhor forma de descrever esse homem: "Ele é plural até no nome: Vinícius de Moraes".

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