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sexta-feira, 26 de março de 2010

Estranho conhecido


Como é possível alguém que nunca conhecemos pessoalmente ter um papel tão importante em nossas vidas? São pessoas que têm um papel em nossa formação e até, ouso dizer, no nosso caráter. Pessoas que falam o que gostaríamos de falar, expressam exatamente o que pensamos, mas não conseguimos colocar em palavras. Uma dessas pessoas marcantes na minha vida - e na de muita gente que viveu intensamente os 80's - foi Renato Russo. Essa semana ele completaria 50 anos se estivesse vivo, e voltou à minha lembrança. Penso nele com o mesmo carinho que me lembro das melhores amigas - aquelas, que a gente nem desgrudava para tomar banho (rs) - das primeiras festinhas da escola e de toda a doce loucura que vem junto com a adolescência: uma ponta de rebeldia, um toque de nostalgia da infância, um bom tanto de amor insano, doses de boa música ouvida no máximo volume... Afinal, quem mais além dele, entenderia que quando se é adolescente (e eu acredito que essa máxima vale em qualquer fase da vida, até hoje) "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"? E quem não desejou "ao menos uma vez, provar que quem tem mais do que precisa ter quase sempre se convence que não tem o bastante e fala demais, por não ter nada a dizer"? Duvido que nunca tenha passado pela sua cabeça a frase "parece cocaína, mas é só tristeza". E uma das frases mais verdadeiras do mundo: "Sempre precisei de um pouco de atenção. Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto". Não vou nem entrar no mérito de que as composições de RR estão mais atuais do que nunca, como "Que país é esse?" e "Geração coca-cola", porque esse não é o intuito desse post. Tudo o que eu quero aqui é mostrar - não sem um perfume de nostalgia - que sem ele eu não seria a pessoa que sou hoje. E não é exagero dizer isso.

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