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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Especial NY: O antes - Parte 2


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A sala do nosso apartamento no Lower East Side. 
A diária custava em torno de 300 reais em abril/maio. 

4. a moradia

Para quem vai estudar, as escolhas são variadas: residência estudantil, flat, apartamento dividido com outros estudantes, casa de família... nada disso tinha cara de ser nossas férias dos sonhos, a segunda lua-de-mel que procurávamos. Sobrava, é claro, hotel.
Mas qualquer um sabe que os preços das diárias em Nova York são impraticáveis. Apelamos então para o site airbnb para alugar um apartamento por um mês. Hoje existem vários sites semelhantes, mas esse me pareceu o mais barato. Além disso, um apartamento certamente vai oferecer mais espaço para você guardar malas e compras. Se a ideia lhe agrada, prepare-se para boas horas de pesquisa. Há muitas opções, muitos preços e muitas localizações, o que pode ser assustador para quem nunca foi (ou não conhece tão bem) à cidade. O que funcionou comigo: primeiro, decidi ficar em Manhattan (o Brooklyn é tudo de bom, da próxima vez quero ficar lá, mas eu não conhecia NY e queria conhecê-la com toda a vibração da cidade-que-não-dorme e que a gente vê nos filme, sabe?), selecionei então quatro opções de apartamentos - não esqueça de marcar lá em cima o período em que você vai ficar. Isso poupa boas frustrações, acredite - e depois perguntei a outro amigo que morou lá por anos qual seria o melhor em termos de localização. Dele, veio a segunda dica preciosa dessa programação: não fique no Upper (East ou West) Side. OI??????? Não é lá que a Carrie Bradshaw mora? Não é o bairro mais chic-fancy-elegant do mundo? Pois é. Ele é tudo isso, mas é residencial. Ou seja, uma roubada se você quer curtir a noite ou ter opções menos "nariz em pé" para almoçar, ou ainda fazer compras a preço viável, enfim levar uma vida bem new-yorker mesmo. Não de milionário new-yorker, claro. Harlem, Queens e Bronx ficam longe dos principais atrativos da cidade. Risque do mapa também se for ficar pouco tempo por lá. Ficamos então em um apartamento térreo (outra coisa fundamental: poucos apartamentos têm elevador lá e se você pretende chegar em casa com uma sacola todo dia e ir embora com seis malas, por exemplo, isso faz toda diferença) no Lower East Side. Mais detalhes sobre o bairro, você vê por aqui (nos próximos dias). 


5. o dinheiro

Cartão de crédito paga M-U-I-T-O IOF. E como você já deve pagar a moradia (se ficar num apê alugado, por exemplo) e as passagens com o cartão, o negócio é evitar ao máximo usá-lo por lá. Calcule mais ou menos 100 dólares por pessoa por dia, para não passar perrengue. Isso deve incluir seu café-da-manhã (no nosso caso, mercado, porque comíamos cereal com leite e frutas, e tomávamos um café em casa), almoço (sei que parece impossível, mas você consegue comer bem e saudável por uns 15 dólares. Sim, mais ou menos o que se paga para almoçar em um restaurante por quilo da Vila Olímpia, em São Paulo), um lanchinho de tarde, que será necessário se você bater muita perna, um drinque de happy hour e jantar (em noites de aperto, comíamos uns queijinhos em casa mesmo). Lembre de pedir na casa de câmbio pelo menos 200 dólares trocados, porque nota de 100 dólares pode dar problema na hora de comprar o ticket do metrô, por exemplo. "Mas e os museus e passeios?", você me pergunta. E eu te respondo: Explorer Pass.


6. o NY Explorer Pass

Tem toda cara e jeito de ser pegadinha pra turista, mas não é. A não ser que sua praia seja fugir de museus. Definitivamente não é nosso caso. O legal é que você consegue comprar online aqui do Brasil com a antecedência que quiser e imprimir em casa. Ele é válido por 30 dias e pelo número de atrações que você comprar (de 3 a 10), e a contagem só começa a valer quando você o usa pela primeira vez. Eu comprei o de 10 programas (182 dólares por pessoa) e o usei para visitar os museus MoMA, Met, Guggenheim, de História Natural, fazer um tour por cenários de cinema e séries nas ruas de NY, fazer um tour Sex and The City pela cidade, subir ao Empire State Building e ao Top of the Rock e visitar o Brooklyn Botanic Garden. Queria ter alugado uma bike no Central Park, que o Pass também permitia, mas não deu tempo. Deixamos de fazer um dos 10 programas, mas ainda assim valeu a pena. Pelos meus cálculos teríamos gasto uns 220 dólares se fôssemos pagar todos os programas individualmente.