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terça-feira, 18 de maio de 2010

Da (minha) natureza libriana


Creia você ou não em signos, astros, destino e carma, é impossível não enxergar um traço sequer de sua personalidade na descrição do seu signo. No meu caso, como não gosto de exagerar, diria que 90% da minha personalidade vem do jeito-libriano-de-ser (os outros 10% eu deixo por conta do meu ascendente, que é escorpião. Ui!). Esses dias, conversando com uma amiga, concluí que nunca dei um chilique na vida. Ela, inconformada, perguntou: nem um pitizinho? Não derrubou a mesa NENHUMA vez sequer? E eu, certa da resposta, soltei: Não, nunca. Ela, a princípio, ficou assustada, mas prosseguiu: Isso é para evitar conflito? E eu: claro que é, eu sou o tipo de pessoa que dá uma BOIADA para não entrar numa briga. E não entra. Mesmo. Prefere ir embora a entrar em uma discussão. Aí ela chega ao ápice: mas te incomoda somente um conflito que te envolva ou se duas pessoas do teu lado discutirem, você também se sente mal? Foi quando respondi: qualquer tipo de briga, discussão, confusão, me faz mal. A conclusão da conversa que tivemos não interessa aqui, ao menos para esse post. O que interessa é que desde esse dia venho pensando em como a harmonia é fundamental na minha vida. Quem me conhece sabe que "gritar" e "dar escândalo" são atitudes que não fazem parte de mim. Nem que eu queira, consigo. Isso muitas vezes é visto como uma fraqueza. Pode até ser, mas o fato é que valorizo a harmonia acima de todas as coisas. E isso diz respeito a manias, tranquilidade (afinal, ninguém gosta mais de um agito do que eu) ou comodismo. Diz respeito a... ah, à harmonia mesmo. Quer dois exemplos? Duas coisas que adoro na vida são moda e gastronomia. Na moda, muitas vezes eu sei que não sou "cool". Sei mesmo, mas não consigo mudar. Essa tendência de combinar sapatos pesados com vestidos leves, pra mim, não cola. Combinar uma bolsa chique com tênis, blusa camuflada com casaco de pele ou saia rodada com sapato de salto baixo não são pra mim. Os fashionistas que me perdoem, mas harmonizar o look, na minha opinião, é fundamental. Nada combina melhor do que jeans com camiseta, vestido chique com bolsa pequena e salto, e sandália rasteira com vestido bem verão. Assim como vestido de noiva tomara-que-caia não é pra mim. Vestido de noiva é branco para ser puro e tomara-que-caia, o próprio nome diz, não é nada puro. E a moda de shorts com meia calça ou, pior, bota, pra mim, é o horror dos horrores. Pronto, falei! O outro exemplo, o gastronômico, aparece quando acho que um peixe mais salgado combina melhor com mandioquinha, que é suave, quase doce. Ou quando penso que uma salada de adocicados grãos de bico parece ser feita para a picante pimenta-biquinho, o azedinho pepino em conserva e o salgado atum. Hummm.... Lombo de porco com abóbora, risotto com funghi, vinho com pão italiano, queijo com goiabada. Existe harmonia melhor do que essa? É claro que existe, aquela que a gente encontra no trabalho, na família, com os amigos. Essa, sim, independente do cardápio e do guarda-roupa, é a que me faz sorrir. E isso não tem a ver com "ser boazinha", ou "diplomática". Tem a ver com viver feliz!

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